domingo, 31 de maio de 2009

Wikipédia proíbe Igreja da Cientologia de editar textos

«A Wikipédia, a famosa enciclopédia online que permite aos utilizadores criarem entradas e contribuírem com textos, proibiu a Igreja da Cientologia de editar os textos acerca da sua instutuição, acusando-a de o fazer de forma interessada.»

Ler aqui.

Bing - novo motor de busca

Notícia do Público aqui. Acerca dos motores de busca, ler também esta e esta notícia.

Pré-Publicação: Um Outro - Crónicas de uma Metamorfose, de Imre Kertész (Editorial Presença)

Mil novecentos e noventa e um, Outono na margem fria do Danúbio, o crepúsculo, caindo, inundou com a sua cor ácida de maçã verde a espaventosa mentira dos palácios desbota-dos de Peste.

Tudo, em mim, adormece, imóvel e profundamente. Vou remexendo os sentimentos, e os meus pensamentos, como num tambor de alcatrão tépido.

Porque me sinto assim tão perdido? Manifestamente, porque estou perdido.

Tudo é falso (por minha culpa, por meu intermédio: a minha existência falseia tudo).

Se o vazio (o meu vazio interior) ressuma um sentimento de culpa, talvez isso permita concluir das origens. A angústia precedeu a Criação; o horror vacui é uma questão de facto ética.

Ontem, numa espécie de sessão — com uma chamada conferência excessivamente estúpida sobre a excessivamente estúpida «Hungarian­ jewish coexistence» —, um senhor mais velho precipitou­ se na minha direcção, tinha o rosto granu­loso e deformado, e manchas seguidas de cabelo ralo, como assentos gastos de certos canapés aveludados: nem um só traço me era familiar. Para grande surpresa minha, abraça­ me, de súbito, e apresenta­ se: um amigo que não via há trinta e cinco anos. Vive no estrangeiro. Ouviu falar de mim, lera os meus livros. Não compreende, diz, a minha «metamorfose». Então, ele nada notara de extraordinário em mim, nem eu dera mostras, digamos, de «capacidades superiores». Desculpei­ me um tudo-nada por este resultado inesperado, mas as suas palavras mexeram, na verdade, comigo. Tendi sempre, agora não menos do que antes, a considerar­ me um «Jedermann», alguém que, pelo menos de um certo ponto de vista, não receou esforçar­ se, e, antes de mais, no que respeita à lucidez de espírito. Quais são as minhas «capacidades superiores»? Não sigo a única inspiração deste país: o canto incessante e sedutor das sereias do suicídio espiritual, intelectual e, por fim, físico, e isso representa uma certa vitalidade. Contudo, assumir este mínimo como uma vitória seria gravíssima imprudência, e, mais do que isso, uma absoluta falta de cautela. O que mudou agora com a «mudança»? Já não há servidão? Fiquei a salvo de mim mesmo? Simplesmente, aconteceu que me devolveram a conditio minima, a minha liberdade individual — rangendo, abriu­ se, assim, a porta da cela em que me fecharam durante quarenta anos, e pode dar­ se que seja bastante para me perturbar. Não se pode viver a liberdade onde se viveu o cativeiro. Seria preciso ir para qualquer lado, ir para muito longe daqui. Não o farei.

Pois, nesse caso, seria preciso que eu de novo nascesse, me metamorfoseasse — em quem, em quê?

Chove. À mesa do restaurante, um homem explica qualquer coisa a uma mulher, qualquer coisa de inexplicável. Ele gostaria de abandonar os ensaios de felicidade que encalham regularmente. Sente­ se cansado de ir atrás do prazer pelas falsas estradas das promessas, que não conduzem a lado nenhum. Não é outra mulher, ora essa, nem pensar. A liberdade. Regressar à superfície, sair do turbilhão confuso das relações que se arrastam há anos. Está farto de reconhecer em cada uma das relações as suas próprias insuficiências. Vislumbra uma vida breve, intensa, criativa.

sábado, 30 de maio de 2009

Booktrailer: Fantasia Vermelha, de Iván de la Nuez (Angelus Novus)

Retirado daqui.
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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Kindle a cores

«O CEO da Amazon, Jeff Bezos, revelou que a loja on-line está a preparar uma nova versão do leitor de eBooks Kindle, desta vez a cores e não a preto e branco. O responsável só não adiantou quando estará pronto»

Ler no Sol.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: Praça LeYa


Na sequência das actividades promovidas na Feira do Livro de Lisboa, são diversas as propostas da LeYa para a presente edição da Feira do Livro do Porto, a primeira em que estará presente enquanto grupo. Com um conjunto de oito pavilhões e duas esplanadas, a «Praça LeYa» será palco das já costumeiras e assíduas sessões de autógrafos com autores do grupo, estando também previstas actuações musicais e animação infantil, entre outras actividades.

SESSÕES DE AUTÓGRAFOS – PRAÇA LEYA /FEIRA DO LIVRO DO PORTO*

30 de Maio
15h30 António Mota
16h00 Álvaro Magalhães
16h30 Hélio Loureiro / Ana Macedo
17h00 Fernando Dacosta /José Eduardo Rebelo
18h00 José Saraiva

31 de Maio
15h30 Lúcia Vaz Pedro (Apresentação do livro SOS SOL)
17h30 Maria de Lurdes Anjos (inclui apresentação do coro da PT com o Maestro Sérgio Martins, tenor do Teatro S. Carlos)

1 de Junho
15h30 Lúcia Vaz Pedro

2 de Junho
19h00 Júlio Machado Vaz

5 de Junho
21h30 Mário Cláudio

6 de Junho
15h00 Alice Cardoso
15h30 Pedro Leitão
16h00 Conceição Gomes
17h00 Richard Zimler
18h30 Filomena Cabral / Germano Silva

7 de Junho
15h00 Anabela Mimoso
15h30 Pedro Leitão
16h00 Frederico Duarte
17h00 Maria João Lopo de Carvalho

10 de Junho
15h30 José Fanha

11 de Junho
15h30 João Piedade
16h30 Alexandre Parafita
18h00 Madalena Santos

12 de Junho
18h00 Gonçalo M. Tavares

13 Junho
17h00 Germano Silva / José Manuel Saraiva / Mário Zambujal

14 de Junho
15h30 Daniel Marques Ferreira
17h00 Laurinda Alves / Eduardo Sá

PROGRAMA INFANTIL - PRAÇA LEYA / FEIRA DO LIVRO DO PORTO 2009

Sábados, 30 de Maio, 6 de Junho e 13 de Junho
11h00 às 19h00 – Atelier
11h30 - Teatro de Fantoches
12h00 às 13h00 - Pinturas Faciais
15h00 - Teatro de Fantoches
17h00 - Hora do Conto

Domingos, 31 de Maio, 7 de Junho e 14 de Junho
11h00 às 19h00 - Atelier
12h00 às 13h00 - Pinturas Faciais
15h00 - Teatro de Fantoches
17h00 - Hora do Conto

1 de Junho/Dia Mundial da Criança
11h00 às 17h00 - Atelier
11h30 - Teatro de Fantoches
12h00 às 13h00 - Pinturas Faciais
15h00 - Teatro de Fantoches
17h00 - Hora do Conto

10 e 11 de Junho
11h00 às 19h00 - Atelier
11h30 - Teatro de Fantoches
12h00 às 13h00 - Pinturas Faciais
15h00 - Teatro de Fantoches
17h00 - Hora do Conto

Mais informações aqui.

A Morte do Impresso

Howard Kurtz, no Washington Post, reflecte na forma como os jornais poderão estar em vias de se extinguirem.

Ler aqui.

Lucro da Amazon sobe 24%

Com um lucro de 177 milhões de dólares só no primeiro trimestre, a Amazon soma e segue graças ao Kindle e ao enfraquecimento dos concorrentes.

Actualmente com uma facturação de quase 5 mil milhões de dólares, a Amazon apresenta um crescimento de 18% nas receitas.

Não foram divulgados os números, mas presume-se que o Kindle tenha já vendido meio milhão de unidades.

Mais informações aqui.

Vendas de jornais cresceram globalmente 1,3% em 2008

«A venda de jornais cresceu 1,3% em todo o mundo em 2008, com quase 540 milhões de vendas diárias, apesar da crise económica que afectou em força o sector dos Media, anunciou quarta-feira a Associação Mundial de Jornais.»

Ler no Diário Digital.

As ferramentas digitais de comunicação da APEL durante a Feira do Livro de Lisboa, por Sérgio Bastos

O texto de Sérgio Bastos é meramente descritivo, sem grandes juízos ou análises, mas ainda assim fica a referência. O artigo pode ser lido aqui.

Director do i defende mudança de estratégias perante crise

«A crise económica mundial obriga a imprensa a planear estratégias para ajustar os gastos e as receitas à realidade, defendeu esta quarta-feira o director do diário i durante o congresso da Associação Mundial de Jornais, que decorre em Barcelona.»

Ler no Diário Digital.

Livrarias do México

Livraria Tres Cruces
Fotos cedidas por Miguel Conde.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009. Fim-de-semana

«Os habitantes do grande Porto enfrentam um fim-de-semana alucinante, com calor e com uma grande diversidade, quantidade (mais de uma centena) e qualidade de propostas em todas as áreas das artes plásticas e performativas.»

Ler no Diário Digital.

Novo Kindle abre caminho para a pirataria de livros?

É pelo menos essa a suspeita que está lançada. Ler aqui.

António Lobo Antunes homenageado em Madrid

«Com um livro recentemente traduzido em Espanha, António Lobo Antunes foi homenageado em Madrid. Na Casa da América encontrou-se com jornalistas e com leitores e voltou a explicar a sua relação com a literatura e com a vida.»

Ler no Diário de Notícias.

iSony Reader, por Isabel Coutinho

«Desde que há cerca de um mês coloquei um “post” no blogue Ciberescritas sobre o Sony Reader - um dos aparelhos para ler livros electrónicos à venda na Europa - que tenho recebido vários emails onde leitores me perguntam se devem seguir os meus passos. O aparelho tinha acabado de chegar à minha caixa do correio e coloquei as primeiras fotografias online. O Sony Reader PRS- 505 demorou algumas semanas a chegar porque o “stock” disponível esgotou entre o pedido da encomenda e o seu processamento. Mas acabou por chegar, enfiado numa pequena caixa de cartão, muito bem embalada e que nem foi preciso ir levantar aos correios.»

Ler no Ciberescritas.

Editora italiana recusa-se a publicar livro de Saramago

«A editora italiana Einaudi recusou-se a publicar a tradução italiana de "O Caderno", do Nobel português José Saramago, mas o escritor disse ontem que o livro será publicado por outra editora. O livro critica o primeiro-ministro e proprietário da Einaudi, Silvio Berlusconi, comparando-o a um líder mafioso.»

Ler no Público.

Feira do Livro de Madrid

Começa hoje a feira de Madrid que decorrerá até dia 14 de Junho.

Mia Couto adaptado a teatro

A companhia Fábrica de São Paulo, grupo de teatro da cidade homónima encontra-se a adaptar para este género o premiado O Outro Pé da Sereia, de Mia Couto. Ler aqui.

Reprodução na era digital é tema de conferências na Culturgest

O livro na era da sua reprodução digital é o tema da primeira de quatro conferências que começam dia 02 na Culturgest, Lisboa, cujo orador é José Afonso Furtado, director da Biblioteca de Arte da Gulbenkian.


Ler aqui.

LeYa vence Prémio Meios e Publicidade para Branding e Rebranding

O Grupo LeYa venceu ontem o Prémio Meios e Publicidade, na categoria de Branding e Rebranding. Recorde-se que o branding do grupo LeYa é da responsabilidade de Carlos Coelho, da Ivity.


Os nossos parabéns ao Grupo LeYa pela distinção.

Ver aqui.

Opinião: Capa ou rosto, livro ou produto. Venha o mercado e escolha., por Rui Penedo e Vítor Paulino

CAPA OU ROSTO, LIVRO OU PRODUTO.
VENHA O MERCADO E ESCOLHA.,
por Rui Penedo e Vítor Paulino (*)

A actividade de um designer numa casa editora de livros não se esgota no conceito de «capista».

O livro, como objecto tradutor de sentimento, cultura e educação é muito mais do que a sua capa. Começar no formato, passar pelo rosto e acabar no cólofon: cada vez mais, o processo resume-se a estímulos comerciais, leis de mercado, barreiras administrativas.

As estruturas editoriais viram-se, cada vez mais, para as políticas comerciais, para os agentes potencializadores de vendas, sendo precisamente esta mudança ou evolução aquilo que o designer deve entender e potenciar.

O design deve assumir-se como um processo activo na transmissão de cultura e de conhecimento, não podendo, por isso, demitir-se da sua responsabilidade de adicionar camadas ao potencial criativo e orgânico de uma editora.

Trabalhar em equipa é um dever do qual não poderá prescindir. Perceber motivações editoriais, comunicacionais, para as poder transmitir no seu trabalho diário.

O quotidiano ensina-nos a começar pelas capas. O rosto da obra é, sempre, o momento de maior discussão e afinação. Não existindo uma segunda oportunidade para criar uma boa primeira impressão, este é um peso que as editoras não querem deixar na mão de uma mente «iluminada», que deambula entre a arte a técnica... e a moda.

O designer gosta sempre de chamar a si esta responsabilidade, não percebendo que o produto é o método, o diálogo e as motivações.

Transportar as palavras dos autores para imagens, depois de estes terem transportado para palavras as suas próprias imagens, é uma actividade difícil e que deve ser sempre prosseguida como uma atitude responsável, construtiva e proactiva.

«Deixar» que todos os agentes contribuam com o seu input, para partir para o acto criativo de uma forma mais estruturada, responsável e cuidadosa.

O designer deve sempre fidelidade ao autor, aos seus sentidos. Ao editor, como intérprete de vontades e necessidades. Ao marketeer, que saberá onde enquadrar o produto e que estudará a melhor forma de o fazer. Ao departamento comercial, por este o conseguir colocar em diálogo directo com o mercado. Por o ouvirmos com tanta atenção, este nunca nos deixará errar, sempre nos obrigará a copiar e jamais nos deixará ousar.

Face a esta correlação de agentes e motivações, o designer nunca poderá deixar de tentar.

Tentar que o oiçam, que o potenciem, ser uma mais-valia. Tentar dizer que, no livro, no produto, o trabalho gráfico não é só uma capa. Tentar dizer que o mercado também olha para o miolo. Tentar provar que esse mesmo mercado chega a conseguir ler o miolo, que «compra» as palavras que o desenham.

Investir na capa e não respeitar o miolo não é mais do que uma fuga comercial capaz de desrespeitar o sempre amigo mercado. Também o miolo se vende e, por vezes, talvez a capa não o consiga transportar às costas. Quando um autor não consegue «transportar» uma capa, como pedir à capa que transporte o miolo? Um produto deverá ser sempre composto pela soma das partes, desde que estas recorram todas à mesma linguagem algébrica.

Enfim, dirão: pequenas preocupações de designer num mar tão austero e imenso.

Serei sempre um rosto, e não por acaso me chamarei sempre capa.

Serei sempre um livro, e não por acaso me vou transformando em produto.

Serei sempre design, sem itálicos nem preconceitos.

(*) Rui Penedo e Vítor Paulino emprestam os seus nomes ao ateliê de design que formaram em 2002: a RPVP Designers. Ao longo do seu percurso, desenvolveram diversos trabalhos para casas editoriais portuguesas, como Quetzal Editores, Livros de Seda, Porto Editora, Nova Vaga, Bertrand Editora, Círculo de Leitores, Edições 70, entre outras.
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O primeiro dia da Book Expo America

Para ler aqui o relato de Isabel Coutinho.


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Prisa negoceia com Pearson entrada na Santillana

«A Prisa terá iniciado contactos com a Pearson para a entrada do grupo proprietário do Financial Times e da editora Penguin na Santillana, editora de livros do grupo, noticia a imprensa espanhola.»

Ler no Meios & Publicidade.

Beco das imagens muda de endereço

O blogue mantido por Sara Figueiredo Costa, «Beco das Imagens», mudou-se para outro local. Aqui.

«E-pirataria»

Segundo a Teleread, a e-pirataria de eBooks progride a par e passo com o sucesso dos eBooks.

Ler aqui.

Feira do Livro de Évora

«Mais de 100 de editoras estão representadas com milhares de títulos na Feira do Livro de Évora, que regressa sexta-feira, dia 29 de Maio, à Praça do Giraldo, centro da cidade, para dez dias de promoção da leitura.»

Ler no Diário Digital.

Livrarias do México

Livraria Porrúa - San Angel

Fotos cedidas por Miguel Conde.

Curso de formação de Comunicação Editorial com Jornalistas, no contexto da era digital, por João Pombeiro

Ainda existem vagas para o curso de formação de Comunicação Editorial com Jornalistas, no contexto da era digital.

O curso inicia já na próxima semana, dia 3 de Junho e é leccionado por João Pombeiro - actual editor executivo da revista LER.

Trata-se de um curso inovador que permitirá obter conhecimentos e competências que permitem perceber as necessidades dos meios de comunicação social para a produção de peças jornalísticas, enquadrando e apresentando os principais meios nacionais e internacionais, ligados à crítica e divulgação de livros.

O curso tem a duração de 18 horas, divididas em 6 sessões de 3 horas, durante o mês de Junho, e as vagas são limitadas.

Mais informações aqui.

Poderá inscrever-se através do e-mail formacao@booktailors.com.
Data limite de inscrição: segunda-feira, dia 1 de Junho

Novo leitor de eBooks

No final deste mês sairá um novo leitor de eBooks, pela Coolerbooks.com.

Trata-se de um modelo mais leve, mais fino e que promete uma experiência tipo iPod.

Ver mais aqui.

Entrevista a José Afonso Furtado

No blogue Porta-Livros, Rui Azeredo entrevista José Afonso Furtado.

A ler aqui e aqui.

Gestor de Marketing e Comunicação (m/f)

Requisitos:
- Licenciatura ou formação superior
- Experiência comprovada de 3 a 5 anos em planeamento, orçamentação, execução e controlo de marketing e de comunicação em meio editorial
- Domínio total do português e do inglês a nível oral e escrito; outros idiomas serão valorizados
- Experiência em coordenação e gestão de projectos
- Mente analítica e criativa
- Disponibilidade imediata

Funções:
- Chefiar o equipa de marketing e comunicação
- Elaborar, coordenar a execução e controlar planos e orçamentos de comunicação e marketing de novos títulos
- Coordenar os contactos com media, clientes e leitores

Oferecemos:
- Local de trabalho: Lisboa
- Ambiente de startup, descontraído mas de elevada exigência intelectual
- Até 1300 líquidos + telemóvel

Responder para recrutamento.novaeditora@gmail.com, com CV e carta de apresentação. Garantia de máximo sigilo.

Livro de Pedro Mexia apresentado pelo Senhor Professor Dr. Joaquim Furtwangler

É seguir o link e ver o Prof. Dr. Joaquim Furtwangler, que tem grandes semelhanças com Ricardo Araújo Pereira. No passado dia 16 de Maio na Feira do Livro de Lisboa.

Feira do Livro de Madrid 2009

No blogue Paradigma Libro é feito um apanhado de algumas opiniões sobre a Feira do Livro de Madrid, que tem o seu início amanhã. De entre as opiniões, são apresentadas algumas críticas à edição deste ano.

«-La oferta de la Feria cada año es más homogénea, o sea, más de lo mismo.

-El libro electrónico (sea eso lo que sea) es el gran ausente.

-La feria está controlada por el Gremio de Libreros, en conflicto con algunos editores por la titularidad de la misma.

-Las cuentas no están claras. O al menos no disponibles.

-El lema de la feria –la literatura francesa– no tiene representación oficial alguna.»

Ler aqui.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009. Abertura

«Ontem, na abertura oficial da 79ª Feira do Livro do Porto, que assinala o regresso à Avenida do Aliados e que regista um maior número de participantes, ficou a certeza de que o público vai deliciar-se com o que é a leitura e os livros.»

Ler no Jornal de Notícias.

«Rui Rio inaugurou ontem a 79ª Feira do Livro do Porto no local que em 1931 recebeu a primeira edição do certame: a avenida dos Aliados, no coração da cidade. “Deve ser dos poucos assuntos que reúne o consenso dos portuenses e de todos os visitantes”, afirmou o presidente da Câmara do Porto, que assinou um protocolo com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), para manter a feira, que decorre até 14 de Junho, nos Aliados.»

Ler no Correio da Manhã.

Feiras internacionais

Começam hoje duas feiras internacionais do livro.

Feira de Nova Iorque, até 31 de Maio.


Feira de Tessalónica, até 31 de Maio.

Alice Vieira

Alice Vieira nasceu em 1943, em Lisboa, e comemora este ano 30 anos de vida literária. É autora de dezenas de títulos, sendo reconhecida como uma das mais importantes escritoras portuguesas para crianças e jovens. Para comemorar o feito, a LeYa criou uma marca gráfica própria que servirá de umbrella às iniciativas de celebração da efeméride.

A ler: entrevista de Gay Talese

«No jornalismo, a regra é não escrever sobre o que nos é muito próximo...
Eu não quero nada com o jornalismo. Não escrevo notícias. As notícias duram um dia. Eu quero escrever algo que se possa ler daqui a 30 anos, com o mesmo interesse. Honra o teu Pai foi escrito em 1971. Por alguma razão é agora publicado em Portugal, como se fosse um livro novo.»

A não perder a entrevista de Paulo Moura a Gay Talese, no blogue do jornalista do Público. Aqui.
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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Diário da Feira do Livro do Porto 2009. Reportagem JN

Veja aqui o vídeo de reportagem da Feira do Livro do Porto, onde Catarina Soutinho do Jornal de Notícias, pergunta aos visitantes da feira qual o livro da sua vida.

V Festival de Beja de BD

«O V Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja começa no próximo sábado na Casa da Cultura da cidade. A programação inclui 20 exposições e mais de 70 autores da Bélgica, Brasil, Estados Unidos ou Espanha, sem esquecer uma forte representação de criadores portugueses.»

Ler no Público.

Será que a Amazon irá conquistar o mercado dos eBooks?

Segundo a ISoapDish, não.

Só se mudarem a sua política para conteúdos abertos é que eles terão possibilidade de sobreviver.

A ler aqui.

«eBook Reader Line Up», por Martyn Daniels

Martyn Daniels apresenta (de forma sucinta) as principais soluções de leitores de eBooks. Para ler aqui.

Prémio Camões

«O júri do Prémio Camões, o galardão literário mais importante no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), reúne-se na próxima terça-feira no Rio de Janeiro para deliberar sobre o vencedor da distinção - foi hoje revelado.»

Ler no Diário Digital.

Livrarias do México

Livraria Porrúa - Guadalajara

Fotos cedidas por Miguel Conde.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: A feira no Público

«A Feira do Livro do Porto é hoje inaugurada, às 17h00, regressando ao coração da cidade: Avenida dos Aliados. A feira vai prolongar-se até meados de Junho e estará aberta entre as 12h30 e as 20h30 aos dias de semana e entre as 11h00 e as 23h00 aos fins-de-semana.»

Ler no Público.

Benedetti, por Pedro Vieira


Aqui.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: A feira na imprensa

«O regresso aos Aliados domina a 79.ª edição da Feira do Livro do Porto, que se inicia esta quarta-feira [hoje]. As novidades, todavia, são mais vastas e incluem novos horários, aumento de participantes e reforço da programação infantil.»

Ler no Jornal de Notícias.

«A 79.ª Feira do Livro abre hoje nos Aliados com mais pavilhões, mais editoras, mais actividades para o público infanto-juvenil e um horário alargado. Uma "aposta vencedora", acredita a APEL.»

Ler no Diário de Notícias.

«A 79ª edição da Feira do Livro do Porto (FLP) vai começar esta quarta-feira [hoje], sendo a sua inauguração marcada pelo regresso à Baixa da cidade, após 30 anos no Pavilhão Rosa Mota. O certame apresenta pavilhões renovados e novos horários, «para conciliar com os ritmos citadinos».»

Ler no Diário Digital.

A influência brasileira no Prémio Portugal Telecom

«Há uma grande influência do Brasil na literatura portuguesa e uma presença “inevitável” do colonialismo português nas literaturas africanas, disse à Lusa uma das curadoras do Prémio Portugal Telecom de Literatura de Língua Portuguesa, Maria Lúcia Dal Farra.»

Ler aqui.

AudioBoo

«O AudioBoo é uma aplicação que cruza o sistema de busca de ficheiros do YouTube com a possibilidade de alguém ser seguido e ter seguidores, como acontece no Twitter. A novidade é que faz isto com som ambiente e pedaços de discurso falado. Sons de manifestações contra a cimeira do G20, alguém a lavar a roupa em Pequim, um automobilista a praguejar no trânsito, ou o choro de um recém-nascido... Tudo isto é material de primeira para o AudioBoo

Ler no Público.

Prémio Man Booker International

«A escritora de contos canadiana Alice Munro, de 77 anos, venceu o muito aguardado Prémio Man Booker International.»

Ler no Público.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: Feira no JPN

Ler aqui.

Presença lança 3 novas colecções

A Editorial Presença prepara-se para lançar três novas colecções no mercado:

- «Vidas D'Escritas», que irá reunir memórias pessoais, bem como histórias de vidas. A editora promete que não serão apenas «misery memoirs», o também chamado segmento (nome técnico) «coitadinhas». Como primeiros títulos: Love life, de Ray Kluun, The Tender Bar, de J.R. Moehringer, O Professor, de Frank McCourt e Olha - Menos Olhos, de John Elder Robinson.

- «Lado B». Colecção de literatura alternativa, em geral romances, que, ou pela história ou pelo conceito ou por ambas estas razões, se destacam do romance convencional e entram na esfera do «alternativo». Segundo a editora, será «uma colecção com excelentes títulos de grande valor literário». Para público-alvo da colecção, a Presença elege leitores «alternativos», «todas as pessoas que procurem boa literatura, criativa, nova, irreverente, contemporânea e arrojada. Títulos avançados: Memória de Tubarão, de Steven Hall, Os Ficheiros Spellman, de Lisa Lutz, O Verso da Língua, de Juva Batella, A Nona Vida de Louis Drax, de Liz Jensen, Gods Behaving Badly, de Mary Philips, O Fim do Alfabeto, de C. Richardson e A Morte do Medo, de Justin Evans.

- «Noites Claras», dedicada à faixa etária entre os 15 e os 20. Nesta colecção serão incluídos temas que tratem assuntos relacionados com os problemas mais sérios da adolescência e da juventude e a ficção dita «Young Adult». Obras: O Pacto, de Gemma Malley, seguida de Ma le Stelle Quante Sono, de Giulia Carcasi e A Escada de Corda, de Nigel Richardson.

Os nossos parabéns a toda a equipa do Rascunho

«O RASCUNHO é o mais recente site informativo da rede IOL. A integração resulta de uma parceria de colaboração firmada entre as duas marcas, que tomou forma este fim-de-semana.»

Ler aqui.

B:MAG | BOOKTAILORS PUBLISHING MAGAZINE. A edição em revista

A Booktailors irá lançar em breve a BOOKTAILORS PUBLISHING MAGAZINE, abreviada para B:Mag. Esta revista reunirá, neste primeiro número, os textos de opinião publicados no Blogtailors.

Recorde-se que o Blogtailors, verdadeiro ponto de encontro dos profissionais da edição nacionais, iniciou a publicação de crónicas de opinião em Janeiro de 2009. Este foi um passo mais no compromisso da Booktailors de fornecer aos agentes do sector recursos e ferramentas de análise crítica que, certamente, lhes permitirão repensar estratégias e contextualizar a actividade de que fazem profissão.

A B:Mag surge, assim, como um reforço deste serviço prestado à edição nacional, resultando numa espécie de «compêndio» dos principais acontecimentos que a norteiam e das preocupações com que os editores se confrontam.

A B:Mag, em formato .pdf, será gratuita e estará disponível para download no nosso website.

Todos os interessados em receber a publicação deverão dirigir-se ao nosso website e subscrever a newsletter (por cima do vídeo da homepage).

Posteriormente, receberão um e-mail a solicitar a confirmação do pedido. Depois, é só aguardar pela recepção do ficheiro.

Opinião: Sopa de Livros ou os ingredientes da Feira, por Luís Ricardo Duarte

SOPA DE LIVROS
OU OS INGREDIENTES DA FEIRA,
por Luís Ricardo Duarte (*)

Parecem ter funcionado as alterações introduzidas este ano na Feira do Livro de Lisboa, com reflexos na do Porto, que começa no dia 27. Em declarações à imprensa, o presidente da APEL fez um balanço positivo, adiantando um aumento de 10 a 20 por cento de visitantes e de vendas. Motivos suficientes para Rui Beja estar satisfeito com o trabalho realizado em menos de um ano, combatendo os fantasmas da crise e dos desentendimentos da edição passada.

Para quem visitou a feira, as alterações foram visíveis. Os novos pavilhões (embora frágeis) deram um ar renovado ao Parque Eduardo VII e a calendarização não afastou visitantes. Só os horários ainda precisam de acertos. Com este balanço, os desafios que agora se colocam à Feira do Livro são de outra natureza. Dizem respeito à sua essência e à forma como ela se coloca no panorama cultural da actualidade.

A discussão é antiga. Ao lado de feiras realizadas no estrangeiro, a de Lisboa carece de uma forte identidade. Não é livreira e vocacionada para a simples venda e promoção do livro. Nem é editorial e com enfoque nas questões do sector. Não é carne, nem peixe, mas aí pode estar o seu sucesso. E as recentes alterações na cadeia do livro, com a criação de grandes grupos editoriais, que incluem redes livreiras, podem ter atenuado esse conflito de interesses.

A Feira do Livro é uma iniciativa que interessa a todos os grupos e editoras, na medida em que lhes permite angariar fundos directos e fazer face às regras de distribuição cada vez mais apertadas. E só faz sentido rentabilizar esse objectivo.

A começar pelos descontos. Não há visitante que não associe qualquer feira à ideia de quantidade. Comprar muito por pouco. Quer isto dizer que as visitas são directamente proporcionais aos descontos oferecidos. Os «livros do dia» ajudam e algumas promoções especiais também, mas não são suficientes. Uns porque são anunciados com pouca antecedência, outros porque não abarcam todos os títulos.

Estes descontos – como os que se fizeram no último dia, com colecções inteiras à venda por metade do preço – só fazem sentido numa Feira que traga novidades. Ou seja, que concentre nesta altura do ano, como se faz na rentrée e nas Correntes D’Escritas, um conjunto significativo de lançamentos.

Claro que não basta ter lançamentos, por mais aguardados que sejam. É preciso divulgá-los no âmbito da programação cultural. Há quem seja a favor, há quem seja contra as actividades em torno do livro e não só. O certo é que ninguém pode negar uma das principais tendências da cultura contemporânea: a oferta massificada dos festivais de cinema, de música ou de literatura.

Como nunca, o público procura, em pouco tempo, experiências muito diferentes, um leque diversificado de criações que, depois, ao longo do ano, aprofunda através da Internet, do iPod, das salas de cinema e das livrarias.

Este ano houve um aumento de actividades culturais, mas talvez seja possível fazer mais. O melhor exemplo disso foi a programação em torno do Brasil, país convidado. Que sentido faz realizar-se quase em simultâneo, em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa e no Teatro São Luiz, um encontro de escritores – Letras em Lisboa –, em que o Brasil e a Lusofonia são dois dos principais temas e vectores?

Não seria possível juntar as duas iniciativas? Ou encher um auditório com um escritor consagrado, à semelhança do que aconteceu recentemente, no CCB, com Ian McEwan? Ou, como fazem há dez anos as Correntes D’Escritas, rentabilizar a presença de autores portugueses além das sessões de autógrafos? Ou ter feito a estreia nacional do último filme de Manoel de Oliveira, Singularidades de uma Rapariga Loira, na Feira do Livro de Lisboa (ou do Porto), justamente por se tratar de uma homenagem a Eça de Queirós (e à sua família)? Ou organizar um conjunto de concertos sobre músicos/escritores, com Jacinto Lucas Pires, valter hugo mãe e Fernando Ribeiro, entre outros, já para não falar em Chico Buarque? Edgar Morin esteve há pouco tempo em Portugal – não podia ter passado pela Feira do Livro?

São só exemplos. E não se trata de usar na Feira do Livro a ancestral fórmula das sopas caseiras: misturar sem critério todo e qualquer ingrediente porque o resultado é sempre bom e energético. Trata-se apenas de reconhecer a importância de criar efeitos mediáticos (em vez de estar à espera de que a comunicação social os crie, como aconteceu com Amadeo Souza-Cardoso, na Gulbenkian, ou com os festivais de cinema). E de perceber que descontos, lançamentos e uma programação paralela original beneficiam editores, livreiros, autores e leitores.

(*) Luís Ricardo Duarte nasceu em Lisboa, em 1977. É jornalista do JL, desde 2003. Foi director do jornal Os Fazedores de Letras, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em História, variante História da Arte.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Dinis Nazareth Fernandes

«Dinis Nazareth Fernandes herdou império nas conservas e no mercado livreiro. Casou-se com princesa austríaca, mas vive envolto em problemas. Acusado de burla, salvou-se do tribunal»

A ler aqui a notícia de ontem do DN que traça um perfil de Dinis Nazareth Fernandes.

Primeira mulher a dirigir Departamento de Poesia em Oxford demitiu-se

«A primeira mulher a dirigir o Departamento de Poesia da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Ruth Padel, anunciou hoje que renunciará ao cargo por suspeitas do seu envolvimento numa campanha para denegrir o seu rival.»

Ler no Público.

Twitter com mais visitas que o NY Times

Em Abril, o Twitter superou o número de visitantes únicos diários do jornal norte-americano New York Times: 19,4 milhões no Twitter contra 15,6 milhões do NYTimes.com. Ler aqui.

Azinhaga inaugura estátua em homenagem a José Saramago

«Uma estátua em bronze do escritor José Saramago vai ser inaugurada domingo, na Azinhaga do Ribatejo, para assinalar o aniversário do pólo da fundação instalado há um ano na terra natal do Nobel da Literatura.»

Ler no Diário Digital.

Prémio Commonwealth Writer

Após duas nomeações, para o Booker Prize de 2008 e para o Guardian First Book Award, o romance O Caso das Mangas Explosivas, de Mohammed Hanif, ganhou o Commonwealth Writer’s Prize para uma primeira obra.

O livro será publicado pela Porto Editora no mês de Julho.

Pólo da Fundação Saramago na Azinhaga recebeu 3 000 visitantes num ano

«O pólo da Fundação José Saramago criado há um ano na Azinhaga do Ribatejo, terra natal do Nobel da Literatura, recebeu cerca de 3.000 visitantes, disse hoje à Agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia.»

Ler no Expresso.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: Feira na imprensa

«Certame arranca amanhã com novos horários e grandes expectativas. Até 14 de Junho, vive-se leitura nos Aliados.»

Ler no Diário de Notícias.

«A Feira do Livro do Porto (FLP) vai ter este ano novos horários, tal como aconteceu com a sua congénere de Lisboa, fechando mais cedo, às 20:30 aos dias de semana, anunciou hoje o presidente da APEL Rui Beja.»

Ler no Diário Digital.

Livrarias do México

Livraria Libros y Arte - Tepoztlan

Fotos cedidas por Miguel Conde.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: QuidNovi

A editora QuidNovi estará presente na Feira do Livro do Porto, com várias sessões de autógrafos (Carlos Quiroga, João Hoffman, valterhugo mãe, João Tordo e João Queiroz), tendo calendarizado várias participações no programa de Encontros e Conferências, no auditório da Feira do Livro do Porto.

Ver mais no site da 79.ª Feira doLivro do Porto.

Clube dos leitores gulosos

Uma iniciativa LivrodoDia que terá a primeira sessão no próximo dia 29 de Maio, em Torres Vedras, entre as 21h00 e as 23h00. A sessão será conduzida por Justa Barbosa. Eis a apresentação (apetitosa do projecto).

«A LivrodoDia está a promover um clube restrito, um pouco snob, até. Simplesmente não é para qualquer um. É para leitores ávidos, insaciáveis, exigentes, gulosos. Saboreiam a Literatura, têm as suas preferências e receitas favoritas, veneram um ou outro mestre. Mas se há aqueles a quem, num texto, não escapa uma gralha, a estes não escapa a sugestão de um aroma, a referência a um prato da infância, a inebriante alusão a um ingrediente exótico de que se desconhece o sabor. Leu todos os livros de Asterix? Se salivou ao pensar em javali assado no espeto, é um dos nossos. Se Os Maias lhe dá vontade de ir a Sintra comer queijadas, é um dos nossos. Se interrompeu a leitura de Dona Flor e seus Dois Maridos para copiar, religiosamente, a receita do vatapá, saiba que não está sozinho. Aprendeu com Luís Sepúlveda onde se come a melhor sopa de peixe do mundo? O nome Manuel Vásquez Montalbán deixa-lhe água na boca? Junte-se a nós. O convite está feito. O Clube de Leitores Gulosos reune-se na LivrodoDia para falar de boca cheia. A mesa estará posta com livros e comida. Traga só o apetite.»

Inscrições na Loja LivrodoDia, por e-mail ou pelo telefone 261 314 286.

Festival em Hay-On-Wye

Site oficial aqui, no Guardian aqui.

Jornais online não estão a conseguir aumentar o tempo que os leitores passam a lê-los

«Os jornais online são cada vez mais procurados. Mas o tempo que os leitores passam a lê-los não está a aumentar. Numa análise feita em 30 sites de jornais americanos durante Abril era de 11 minutos por mês.»

Ler no Público.

Twitter vai ser adaptado para série de televisão

«O Twitter, o serviço de micro-blogging que se tornou num fenómeno nos últimos meses, vai ter direito a uma série de televisão nos Estados Unidos.»

Ler no Público.

Festival Silêncio! dá voz à música e às palavras

«É um festival internacional “dedicado às novas tendências artísticas e novas expressões urbanas que cruzam a música com a palavra”. É desta forma que a organização do Festival Silêncio! promove o evento, que decorre entre os dias 18 e 27 de Junho, em Lisboa.»

Ler no Público.

Feira do Livro de Madrid proíbe o livro electrónico

Começa já na próxima sexta-feira a Feira do Livro de Madrid e, se estão à espera a ver de encontrar eBook e outras tecnologias, esqueçam.

De facto, está «terminantemente prohibida la participación de editores y empresarios que se dediquen a la comercialización de cualquier producto relacionado con el libro electrónico».

Ver mais aqui.

Os «fast followers» da Gailivro

Aproveitando o hype em volta de obras à volta de vampiros, culpa da Gailivro que tem Meyer no top há semanas e semanas, a Saída deEmergência aposta nessas temáticas, fazendo uso do mesmo código de comunicação, para promover o seu recente Marcada.

Mario Benedetti, por José Saramago

«Não será com todos nem será sempre, mas às vezes acontece o que estamos vendo nestes dias: que, por ter morrido um poeta aparecem, em todo o mundo, leitores de poesia que se declaram devotos de Mario Benedetti e que precisam de um poema que expresse o seu desconsolo e talvez também para recordar um passado em que a poesia teve lugar permanente, quando hoje é a economia que nos impede de dormir. Assim, vemos que de repente se estabelece um tráfico de poesia que deve ter deixado perplexos os medidores oficiais, porque de um continente a outro saltam mensagens estranhas, de factura original, linha curtas que parecem dizer mais do que à primeira vista se crê.»

Ler na íntegra aqui.

«Em alta rotação», por António Guerreiro

Publicamos aqui alguns excertos do artigo «Em alta rotação», de António Guerreiro, publicado na revista Actual #1905, do jornal Expresso, de dia 1 de Maio de 2009; págs. 12-15, na secção «Mercado dos Livros».

«Em 1996, foi decretado o preço fixo do livro. (…) inspirada no modelo francês, visava defender a diversidade das espécies bibliográficas e evitar a 'bestsellerização' editorial. Doze anos depois, verifica-se que a lei não teve efeito nenhum: as grandes cadeias de comercialização do livro triunfaram em toda a linha e, com as devidas excepções (e algumas tentativas de excepção que não conseguiram sobreviver) impuseram a sua lógica ao pouco que resta das livrarias tradicionais. (…) tem-se acentuado a tendência para um mercado que incide quase em exclusivo nas novidades e para o desaparecimento dos fundos e dos livros de referência; neste ambiente, os livros de circulação mais lenta e com vocação minoritária (isto é, a literatura que não cumpre a função de entretenimento e as ciências sociais e humanas, para não falarmos das ciências 'duras') ocupam cada vez menos espaço nas livrarias e estão ameaçados.

(…)

O pano de fundo é, pois, o de uma sobreprodução de títulos novos, o que não significa variedade e satisfação de todo o tipo de leitores, mas, pelo contrário, um estreitamento enorme de diversidade editorial. Jorge Azevedo, da distribuidora Sodilivros, faz o retrato da situação: “Mesmo com a crise, não se nota uma diminuição do fluxo editorial. O excesso de produção e o facto de não haver espaço nas livrarias para os livros que se publicam são uma bomba a que se juntou agora a dificuldade financeira. Não há um abrandamento no movimento de edição por causa daquilo a que chamo 'lei da bicicleta': quem deixa de pedalar cai.

(…)

As grandes cadeias de livrarias só compram o mainstream, não sabem fazer escolhas, e quando se trata de devolver fazem-no sem critério. Já me aconteceu devolverem-me um exemplar da 'Odisseia'... (…) A Fnac ainda tem uns arremedos de livros de referência, a Bertrand já nem isso.

(…)

Ernesto Damião, director da Unidade de Negócios das Livrarias Bertrand, tem, evidentemente, um discurso diferente: “A maior parte dos editores não sabe fazer contas. As nossas lojas têm, em média, 150 metros quadrados e situam-se em centros comerciais, que são espaços muito caros. Para rentabilizá-los e para fazer face a todos os aspectos logísticos, temos de fazer uma selecção, não podemos comprar tudo, não podemos ocupar o espaço com livros que só vendem um excemplar num ano.

(…)

André Jorge, da editora Livros Cotovia, (…) refere-se a um desequilíbrio das forças entre os editores (sobretudo se são pequenos) e as cadeias de livrarias, que existem em situação de monopólio: “As livrarias ficam com 40%, pelo menos, do preço total do livro e têm um direito ilimitado de devolução. E quando um livro ultrapassa um certo número de vendas ficam com cerca de 7%. A Fnac ainda fica com mais 1 a 1,5% pela 'centralização' (isto é, pelo facto de a distribuição dos livros nas lojas da cadeia estar centralizada). E assegurar o destaque de um livro implica gastar quantias que só estão ao alcance de quem entrou na lógica da industrialização do livro.

(…)

Para o actual estado de coisas contribuíram editoras e livreiros, alimentando-se reciprocamente nos seus processos, fazendo com que estes ganhassem uma dimensão coerciva que é difícil deter. O emblema maior deste círculo vicioso é a questão de sobreprodução de livros: as editoras produzem livros adaptando-se aos critérios de alta rotatividade das livrarias, e estas governam-se pela lógica que potencia as regras nefastas da edição.

(…)

André Jorge também exprimiu o mesmo desejo de interrupção, dizendo que os pequenos editores até viram a entrada em cena da Leya com a esperança de que este grupo editorial, com a sua força, impusesse novas regras na relação com as livrarias. O director-coordenador comercial e de marketing da Leya, Pedro Pereira da Silva, colocado perante esta questão, respondeu de maneira prudente: “A relação entre quem produz e quem vende é uma relação comercial, que a Leya pretende que seja benéfica para ambas as partes.” E acrescenta: “Quanto às regras do mercado, acho que este é um sector em transformação e que o mercado se encarregará de ir definindo novas regras nos tempos próximos.” (...) ao contrário do que aconteceu noutros países europeus, não apareceram em Portugal livrarias especializadas, como seria de esperar a partir do momento em que se entrou na fase de industrialização do livro. Uma excepção é a livraria Poesia Incompleta, especializada em poesia, na zona do Príncipe Real.

(…)

Dir-se-ia que as 'editoras culturais' tinham todo o interesse em trabalhar em grande cumplicidade com estas livrarias. Mas a experiência obrigou-as a muita prudência. André Jorge, da Cotovia, explica: “Tenho uma grande simpatia por essas livrarias bem intencionadas, mas o que tem acontecido com a maior parte é que acabam por se ver em dificuldades e não pagam.

(…)

Não se pense, porém, que liquidar as contas seja coisa fácil quando se trata das grandes cadeias. Neste caso, a arma utilizada para diferir os pagamentos chama-se devolução. Manuel Rosa explica que é prática comum das grandes livrarias fazerem devoluções indiscriminadas nas vésperas do pagamento para ficarem com crédito e decidirem a quantia que vão pagar. Passado o dia do pagamento, voltam a pedir muitos dos livros que devolveram. E acrescenta: “No ano passado, durante os meses de Junho, Julho e Agosto, a Fnac não nos pagou. Faziam sempre devoluções no valor de que deviam pagar.”

(…)

[Segundo] Jorge Azevedo, (…) a média de devolução é de 30 a 40% dos livros vendidos. O direito de devolução não é apenas ilimitado, pode mesmo implicar custos para o destinatário: a Bertrand (…) coloca por conta dos editores as despesas da devolução.

(…)

Sobreprodução de títulos novos, proliferação de feiras e saldos, distribuição de colecções de livros pelos jornais a preços irrisórios... tudo isto pode parecer vantajoso mas acaba por ter efeitos altamente perniciosos. Porque se extinguem os canais que permitem a diversidade e se faz com que os livros que não entram nessa competição tenham um preço proibitivo. “Há editores que fazem livros para os jornais”, diz André Jorge.

(…)

“É curioso que os jornais, tão voltados para os novos media, recorram tanto ao livro como fonte de rendimento e meio de produção.” Neste contexto, a Feira do Livro surge cada vez mais como uma aberração e como algo que ajuda à instituição permanente de um regime de excepção no que diz respeito à comercialização do livro.»
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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Artista português desenha capa da New Yorker

«A capa da edição de 1 de Junho da prestigiada revista New Yorker tem assinatura portuguesa. O designer e ilustrador Jorge Colombo desenhou uma banca de cachorros utilizando o iPhone»

Ler no i.

«O designer português Jorge Colombo assina a capa da revista semanal norte-americana New Yorker, uma imagem que criou recorrendo a uma aplicação do telemóvel iPhone

Ler no Público.

Museu Hergé abre portas na próxima semana

«Os amantes de banda desenhada têm a partir da próxima semana mais uma razão para visitar a Bélgica, com a inauguração de um museu dedicado à vida e obra de um dos seus maiores artistas, Hergé, o "pai" de Tintim

Ler no Diário Digital.

Adaptação Budapeste, de Chico Buarque, nos cinemas brasileiros

Ler aqui.

Irvine Welsh, dos livros para o cinema

«O romancista e argumentista escocês Irvine Welsh, autor, entre outros, de Trainspotting, filmado por Danny Boyle em 1996, vai realizar uma comédia de futebol intitulada The Magnificent Eleven, que marca a sua estreia a solo nas longas-metragens.»

Ler no Diário de Notícias.

Comunidade de Leitores na Livraria Almedina

Com Rui Cardoso Martins, a propósito da obra E se Eu Gostasse Muito de Morrer. 27 de Maio (com a presença do autor), às 19H00, na livraria do Atrium Saldanha (Lisboa).

Leitura paralela proposta: Crime e Castigo, Dostoiévski.

Aqui.

Escritores por convite

«Não se assumem como escritores, mas chegam a vender mais do que os consagrados. Os romances da autoria de apresentadores de televisão ou jornalistas célebres tomaram de assalto as tabelas de vendas. A moda veio para ficar?»

Ler no Jornal de Notícias.

Murilo Carvalho no Diário Digital

«Ao vencer o Prémio Leya com o romance O Rastro do Jaguar, edição Leya, a vida de Murilo Carvalho mudou, tanto em termos de reconhecimento profissional como a nível pessoal, já que a distinção "fortaleceu o meu ofício de escritor, definindo melhor os rumos de minha literatura". Profundo conhecedor das questões indígenas, o também jornalista acredita que provavelmente viveríamos num mundo diferente se a colonização tivesse tomado outros rumos, com uma melhor integração dos índios na sociedade. Por isso, defende, "as nações têm responsabilidades para com os índios".»

Ler no Diário Digital.

Livrarias do México

Livraria Letras Libres - Puebla

Fotos cedidas por Miguel Conde.

O jornal i, por Carla Maia de Almeida

«Com a pouca disponibilidade permitida pelas circunstâncias, acompanhei diariamente o novo jornal – i – na primeira semana de vida. Gostei do arejamento no formato e no grafismo; gostei do conceito que preside à revista de sábado (melhor no tema dos «românticos» do que nos «coscuvilheiros»); gostei de encontrar as reportagens de Sónia Morais Santos e as crónicas de Filipe Nunes Vicente; gostei da aposta…»

Ler na íntegra aqui a apreciação de Carla Maia de Almeida, que apela à presença de mais páginas da área da cultura na publicação. Como leitor, e comprador, do i, subscrevo.

(pf)

Goreti Dias no Rascunho.net

«O que levou à criação do EscritArtes?
O EscritArtes é um fórum de arte em geral e de literatura em particular. Foi criado em Setembro de 2007, após alguma desilusão em relação a outros sites de literatura, no sentido de encontrar aqui um espaço de sã convivência e boa produção literária.»

A ler a entrevista de Goreti Dias gestora de, «um dos sites portugueses com maior destaque na escrita amadora actual.». No Rascunho.net.

Dias que passam, por Isabel Coutinho

Aqui encontram o habitual artigo do Ciberescritas, no qual a jornalista aborda a biografia de Paulo Coelho (Fernando Morais, Planeta) e a apresenta as novidades do mercado dos eBooks.

O machismo da LER, por Ana de Amsterdam

«Cheguei a uma conclusão: a Ler é uma revista feita por homens, sobre homens e para homens. Poucas são as mulheres que colaboram com a revista: a Filipa Melo, a Inês Pedrosa, a Carla Maia de Almeida que, como convém, escreve sobre livros de criancinhas.»

Ler aqui.

Waterstone's

A rede Waterstone's anunciou o despedimento de centenas pessoas.

A alteração surge numa altura de mudança de instalações e numa reorientação das sua política de recursos humanos, com a utilização de mais trabalho em part-time e outsourcing.

Ver aqui.

Opinião: Comunidades de leitores, por Helena Vasconcelos

COMUNIDADES DE LEITORES,
por Helena Vasconcelos (*)

Sou do tempo glorioso dos Cineclubes ‒ salas escuras, muitos filmes a preto e branco, emoções fortes e horas de conversa à saída ‒ e das tertúlias em cafés. O Cinema era (é) uma disciplina que se prestava às discussões e à troca de ideias e ficou-me sempre uma paixão por essa prática, por esse exercício de análise solta, obsessiva e acalorada. Em Lisboa, escapulia-me de casa dos meus avós às tantas da noite, para me sentar a um canto do Monumental ou do Monte Carlo, para ouvir os escritores, principalmente os poetas, a falar de política, ideais, futuros mais promissores (coisas proibidas e fascinantes). Era muito nova para ter coragem de me imiscuir nas conversas mas ouvia e, de uma forma indecisa e certamente vaga, pensava como seria bom dizer alto e bom som, entre os meus pares, tudo o que desejava partilhar, não só no que dizia respeito ao cinema, como às artes plásticas e, principalmente, aos meus autores favoritos, que tentava perceber em livros que me deixavam acordada noites a fio, até ao voltar da última página.

Leitora voraz desde muito pequena (carnívora), com pais que me questionavam sem constrangimentos sobre as leituras, continuei assim ao longo da vida, sem nunca parar de me assombrar com as palavras. O desejo de partilhar essa paixão foi, muitas vezes, frustrado pela impossibilidade de encontrar alguém com a paciência para conversar ad nauseam sobre escritores e as suas obras, personagens, tramas, perfis psicológicos, ritmos, tudo o que se relaciona com a literatura e as outras artes.

(Apercebi-me com relutância e uma certa dificuldade que, nas reuniões sociais, quando me perguntam polidamente algo sobre livros, do género, «acha que este ou aquele livro é bom/mau?», não é suposto lançar-me a todo o gás em elucubrações sobre o porquê do bom/mau, uma vez que a resposta que esperam de mim é directa, um sim/não basta. Em compensação, tenho um grande amigo no Porto com quem passo horas a falar de livros e de arte, enquanto o resto das pessoas, à volta da mesa ‒ as conversas são, geralmente, ao jantar ‒ vão entrando em colapso e adormecendo em cima dos pratos, atacadas por um tédio profundo).

Tendo em vista estas evidências, e com receio de tornar a minha vida social ‒ que prezo muito ‒ bastante mais limitada, tento abster-me de momentos de eufórica felicidade que experimento ao falar de livros. Por isso, quando comecei a minha experiência de preparação e liderança de Comunidades de Leitores, foi como entrar no Paraíso: ali estavam pessoas de todas as idades, sexos, credos, etc., que estavam comigo exactamente para aquilo que eu mais gosto de fazer. Melhor, seria impossível!

Mas porque é que gostamos tanto de ler? Para começar, é um privilégio e, quanto mais cedo se começa, mais cedo se alcança esse prazer infindável. É reconfortante pensar que cada vez há mais gente a saber ler e cada vez há mais obras, depois de milénios de grandes dificuldades e restrições.

Lemos para quê? Haverá alguma fórmula que nos «ensine» a ler BEM? Creio que não, mas, nas Comunidades de Leitores, fazemos por isso. Harold Bloom diz que aquilo a que se chama «leitura criativa» é um acto que nos leva para outros mundos, para junto de outras pessoas e que, por isso, nos alivia a solidão. Nas Comunidades de Leitores, a solidão é verdadeiramente relegada para um canto (note-se que adoro a solidão, mas a que é construtiva, e não a triste e depressiva, sinónimo de abandono), com toda a gente a participar, alegre e apaixonadamente.

É claro que a leitura também é uma forma de resistência; foi-o no passado contra regimes opressivos, continua a sê-lo contra a tristeza e a infelicidade, bem como contra a banalidade da vida, o lugar-comum, o conformismo, a cobardia, a inércia. Ler é um prazer, mas é também um esforço para compreender, para sentir mais agudamente, para aprender mais sobre o mundo e sobre os outros, sobre «o outro» e, nas Comunidades de Leitores, descobrimo-lo não só pelos livros, mas na construção de uma teia de afectos e cumplicidades. Cada obra é lida de uma forma diferente por cada membro do grupo, é um exercício pessoal, tão único como uma impressão digital, enquanto cada um de nós vê o seu horizonte alargado através desse rasgar contínuo de véus, que revela sempre uma nova paisagem, um novo ângulo, uma cadência diferente.

Ler é, por si só, uma disciplina. Lemos em conjunto para encontrar respostas para as nossas questões pessoais, sobre a vida, a morte, o amor, os conflitos geracionais ou de género, sobre a alegria, a depressão, a política, os valores morais, o sexo e a liberdade. É sempre reconfortante encontrar pessoas que leram os mesmos livros, que pertencem à vastíssima comunidade sem fronteiras da leitura. Recordo-me do sucesso que teve o livro da iraniana Azar Nafisi, Ler Lolita em Teerão, ou a admiração perante um filme como Ran, de Akira Kurosawa, isto para dar só dois exemplos. Que uma jovem professora, no tempo da revolução iraniana dos Ayahtolas juntasse jovens de véu em sua casa para discutir Nabokov, Scott Fitzgerald, Jane Austen e Henry James ou que um realizador retomasse o Rei Lear, de Shakespeare, para tratar essa história no Japão feudal, são as «provas provadas» de que a leitura dos grandes autores atravessa o tempo, o espaço e as culturas, construindo e tecendo cumplicidades fortes e elos indissociáveis.

Porque a leitura, com o seu carácter de contaminação e adição, é a porta escancarada para a liberdade. Com os livros e através deles, tudo é possível: conhecem-se as personagens mais fascinantes, os lugares mais longínquos, as emoções mais determinantes. Com a leitura e pela leitura, principalmente em conjunto, reaprende-se a vida a cada instante.

(*) Helena Vasconcelos nasceu em Lisboa. Escreve para o Público (Ípsilon) - e para a ELLE portuguesa. Orienta Comunidades de Leitores em Bibliotecas e na Culturgest, em Lisboa. Publicou recentemente A Infância é um Território Desconhecido, Ed. Quetzal. Criou e dirige a revista online STORM-MAGAZINE - O LUGAR DA CULTURA.
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domingo, 24 de maio de 2009

Ruben Fonseca fica na Ediouro/Agir

A Ediouro Agir apresentou a melhor proposta. Relembre-se que também a concurso para ficar com o autor ex-Companhia das Letras estavam Objetiva-Alfaguara, Leya e Record. Para já, o autor receberá qualquer coisa como um milhão de reais, por adiantamento de direitos.


Ler aqui.

Via LERBlog.

O Crítico literário

sábado, 23 de maio de 2009

Murilo de Carvalho, vencedor do Prémio LeYa, em entrevista ao Diário Digital

«Quando soube que tinha ganho o prémio disse que não esperava a distinção. Depois de alguns meses, o que mudou na sua vida devido ao Prémio Leya?
A primeira consequência foi o reconhecimento do meu trabalho no Brasil. Desde então tenho sido convidado a participar de vários eventos literários por todo o país. Além disso, fortaleceu meu ofício de escritor, definindo melhor os rumos de minha literatura. Foi, sem dúvida, um reforço fundamental – até mesmo em termos financeiros – para dedicar-me com mais constância a escrever.»

Ler na íntegra aqui.

Diário da Feira do Livro de Lisboa 2009: LeYa

Pedro Sobral e Marta Ramires (D. Quixote e Casa das Letras)

Zeferino Coelho (Caminho)

Marcelo Teixeira (Oficina do Livro)

Maria João Costa (Livros d'Hoje)

Cláudia Prata (Asa)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

FNAC.A devolução dos livros com etiquetas, por Pedro Vieira


Aqui.

Câmara da Póvoa de Varzim homenageada no XII Salão do Livro Iberoamericano de Gijón


Póvoa de Varzim é o típico exemplo de como é possível colocar uma cidade no mapa, pela via cultural.
A prová-lo, a homenagem que o Salão do Livro Iberoamericano (Gijon) prestou à autarquia poveira como mentora do Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que este ano comemorou dez anos.

Parabéns Póvoa de Varzim. Vemo-nos em Fevereiro, se o calor não apertar até lá.
(pf)

Acordo Ortográfico, por Luísa Mesquita

«A deputada independente diz que a Língua de um povo não pode ser objecto de manipulação pelo poder político e lamenta que ninguém tenha avaliado ou estudado o seu impacto.»

Ler no Expresso.

Live cooking no Lx Factory, em Lisboa

No seguimento do lançamento do seu novo livro Cozinha para quem quer poupar, Mafalda Pinto Leite irá efectuar um live cooking amanhã, às 11h, na livraria Ler Devagar. O evento contará ainda com a presença de Henrique Sá Pessoa, Luís Baena, entre outros.

Mais informações aqui.

Bookeen aposta no tamanho

Bookeen aposta no tamanho O novo leitor de eBooks Cybook Opus foi apresentado na Digital Book 2009. A grande vantagem deste leitor é o tamanho, sendo possível transportá-lo no bolso.

«Segundo a fabricante, o equipamento virá com uma tela de 5” com resolução de 600 x 800 pixel e pode mostrar textos em até 12 tamanhos diferentes de fontes. O gadget é desenhado ainda para poder ser manuseado com apenas uma das mãos, com botões para mudança de página uma espécie de joystick central como controle – um sensor de movimento para a rotação do display para o modelo landscape e 1 GB de on-board storage.»

Ler aqui.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: Conferência de Imprensa de apresentação

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros organiza no próximo dia 25 de Maio, às 11h, no Café Guarany, no Porto, a conferência de imprensa para a apresentação do programa cultural da edição deste ano.

Após a apresentação, será feita uma visita ao recinto da feira.

Livraria Buchholz fecha portas e conteúdo vai a leilão

«Declarada insolvente por sentença judicial a 22 de Janeiro de 2009, a Livraria Buchholz acabaria por fechar portas a 23 de Abril, colocando no desemprego nove trabalhadoras com salários em atraso. Considerado um espaço de referência na divulgação de obras nacionais e estrangeiras, a Livraria Buchholz está prestes a ver todo o seu conteúdo ser leiloado, segundo apurou o tvi24.pt.»

Funcionários e ex-funcionários da livraria mostram indignação com a forma como o processo está a ser tratado. Para além das dúvidas sobre a existência da Fundação Agostinho Fernandes: «há quem diga que [tal Fundação] nem existe na realidade, é apenas um nome dado para se poder efectuar negócios»; estes trabalhadores, com salários em atraso, vêem os bens e o nome Buchholtz a serem usados em outras livrarias, recentemente abertas.

«A situação da Livraria Buchholz apresenta uma lista de 876 credores, entre fornecedores nacionais e estrangeiros, tendo apenas 25 reclamado a dívida, conforme consta do relatório do processo de insolvência da Livraria Buchholz, a que o tvi24.pt teve acesso.

Entre estes credores encontra-se o Ministério Público, reclamando um valor de cerca de 178 mil euros e a Segurança Social de 777 mil euros. Uma pequena fasquia numa dívida total de 1,3 milhões de euros.»

Ler aqui.

Diário da Feira do Livro do Porto 2009: Passatempo BIS

O blogue da colecção BIS está a promover um passatempo, cujo prémio é a colecção inteira, composta por 45 títulos. O desafio é simples: basta criar uma frase com as palavras «Feira do Livro do Porto»,«BIS» e «LeYa». A frase vencedora será exposta na Feira do Livro do Porto.

Ler mais aqui.

Livrarias do México

Livraria Gandhi - Coyocan
(obra de José Saramago em destaque)

Fotos cedidas por Miguel Conde.