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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes D'Escritas/Porto Editora 2009

Já se encontra à venda o livro que contém os textos vencedores deste prémio. Conforme noticiámos aqui e aqui, o prémio distingue trabalhos colectivos originais de alunos do 4.º ano do ensino básico.

Na Feira do Livro da Póvoa de Varzim, no próximo dia 6 de Agosto, será lançado esta obra, sendo ainda apresentado o regulamento para a próxima edição do prémio.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Câmara da Póvoa de Varzim homenageada no XII Salão do Livro Iberoamericano de Gijón


Póvoa de Varzim é o típico exemplo de como é possível colocar uma cidade no mapa, pela via cultural.
A prová-lo, a homenagem que o Salão do Livro Iberoamericano (Gijon) prestou à autarquia poveira como mentora do Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que este ano comemorou dez anos.

Parabéns Póvoa de Varzim. Vemo-nos em Fevereiro, se o calor não apertar até lá.
(pf)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Correntes D'Escritas no LeV

A provar que os encontros de literatura são também encontros de amigos e de pessoas que se dedicam a isto, colocamos uma foto da «equipa» Correntes D'Escritas (em particular e com bastante carinho, para a Manuela).

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O texto de José Mário Silva nas Correntes D'Escritas

José Mário Silva disponibilizou no seu Bibliotecário de Babel o texto que leu perante um auditório cheio, na Correntes D'Escritas.

Ler aqui.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Correntes D'Escritas 2009

A edição deste ano do Correntes D'Escritas terminou. Já foi feito o seu balanço e só não foram contabilizadas as ligações entre pessoas, criadas durante o evento. Não só entre pessoas do meio, a adesão do público foi notável, enchendo tanto o Auditório como o renovado Museu Municipal, não só nos dez debates, mas também nos lançamentos de livros, nas sessões de poesia e mesmo nas iniciativas paralelas.

Dentro da edição deste ano, é de enaltecer a forma como decorreram os encontros entre os escritores e os alunos das escolas locais e de concelhos adjacentes. Este ano, com algumas alterações na dinâmica dos encontros, foi assim possível incentivar a leitura nos públicos mais novos.

Apesar da edição deste ano ter terminado, é ainda possível visitar as exposições inauguradas este ano.
No Diana Bar, «De Caras com a Escrita», de Rui Sousa, mostra fotografias de convidados das anteriores sessões do Correntes D'Escritas. É possível ver esta exposição até ao final do mês de Fevereiro.
«Circunstâncias», de Rui Anahory, é uma exposição constituída por escultura, pintura e fotografia e pode ser visitada até dia 28 de Abril, no Museu Municipal.
Por último, «Imago Libri» é a exposição de fotografia de Simon Doru Cristea, que pode ser visitada até ao final do presente mês de Fevereiro, na Biblioteca Municipal.
A edição deste ano terminou com dois debates em Lisboa, no Instituto Cervantes e na Casa da América Latina, que decorreram esta semana.

Espera-se agora pelo regulamento dos Prémios Literários da próxima edição, que deverão ser anunciados em breve, e pelas respectivas novidades que o público poderá encontrar na Póvoa de Varzim em 2010.

Hoje, no Correntes D'Escritas em Lisboa

18h30
12.ª MESA: Apenas à literatura é dada esperança

Antonio Sarabia
Héctor Abad Faciolince
João Paulo Cuenca
Oscar Málaga Gallegos
Maria Armandina Maia – moderadora
CASA DA AMÉRICA LATINA

Termina assim a programa paralelo do Correntes D'Escritas, com o objectivo de levar um pouco deste evento a quem não teve oportunidade de dirigir-se à Póvoa de Varzim.

Mais informações aqui.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Correntes D'Escritas, por Jorge Reis-Sá

«... posso dizer-vos que é sempre bom ir à Póvoa em Fevereiro. Numa opinião mais impressionista, dizer-vos que o sol chega com as Correntes e a Póvoa fica linda sem barracas, cheia de mar, cheia de si, cheia de nós. Mas também dizer que em dez anos as Correntes se instituiram como a data da reentré nacional. Existirão, talvez, três datas importantes na edição portuguesa: a Feira, Setembro e Outubro antecipando o Natal, Fevereiro e as Correntes abrindo o ano. Ora, quem consegue isso, seja num ano, seja em dez, consegue tudo. Consegue colocar um concelho no mapa. Consegue juntar quase toda a corporação (as Correntes fazem-me lembrar o avião das 7 de vem de Frankfurt para Lisboa - um acidente e deixava de existir edição em Portugal),...»

Aqui.

Hoje, no Correntes D'Escritas em Lisboa

18h30
11.ª MESA: Cada Homem é uma Língua

Antonio Garrido
Casimiro de Brito
Dulce Maria Cardoso
Ignacio del Valle
José Manuel Fajardo
Ondjaki
Vergílio Alberto Vieira – moderador
INSTITUTO CERVANTES

Primeira de duas mesas de debates do programa paralelo do Correntes D'Escritas.
O Correntes volta assim ao Instituto Cervantes, sendo que já o ano passado este espaço foi usado com esta finalidade.
Amanhã irá ocorrer, pela primeira vez, um debate na Casa da América Latina, também em Lisboa.

Mais informações aqui.
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Correntes D'Escritas, por Francisco José Viegas

«Há dez anos que as Correntes d'Escritas mobilizam centenas de nomes de autores da chamada expressão "ibero-americana" – vindos de Portugal, Espanha (com a Galiza em primeiro plano), Brasil e países latino-americanos e africanos de língua portuguesa.»

Aqui.
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As Correntes D'Escritas, por Pedro Vieira

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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Correntes D’Escritas – Balanço

Para fazer um balanço da edição deste ano, ninguém como os intervenientes directos para comentar esta década de Correntes D’Escritas.

Manuel Rui e Onésimo Teotónio de Almeida relembraram o primeiro ano, em 1999, considerando-o como «uma festa».
José Mário Silva, que participa pela primeira vez, afirmou ser «um acontecimento único em Portugal».
Outro «novato» nas andanças do Correntes, o chileno Bruno Serrano revelou que o Correntes é «o melhor encontro» que já assistiu.
Já Gastão Cruz, vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa, ficou impressionado com a «dimensão e dinâmica» do evento, assim como com a adesão do público.

Relativamente ao futuro, José Mário Silva pede só que o Correntes «não perca a sua identidade». Sentimento com que Fernando Pinto do Amaral concorda, achando que embora haja sempre espaço para melhorias, na sua opinião o Correntes D’Escritas «encontrou o tom certo».

A «festa das palavras», segundo Onésimo Teotónio de Almeida, termina após quatro dias de debates, lançamentos de livros, sessões de poesia e cinema, não esquecendo o teatro ou a música.
Espera-se que o Correntes D’Escritas possa servir de inspiração para todos os autores que passaram pela Póvoa e, quem sabe, talvez algumas das pessoas que vieram apenas assistir este ano, voltem em edições futuras, dessa vez como participantes.

Para mais informações, consulte o site da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
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Correntes D’Escritas – Sessão de Encerramento

Na sessão de encerramento da edição deste ano do Correntes D’Escritas, foram entregues os prémios aos respectivos vencedores, anunciados na passada quarta-feira.

Gastão Cruz, vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa, frisou que premiar poesia talvez possa chamar mais a atenção para esta forma de escrita.

Relembramos os vencedores dos prémios da 10.ª edição do Correntes D’Escritas:
Prémio Literário Casino da PóvoaA Moeda do Tempo, de Gastão Cruz, Assírio e Alvim (2006)
Prémio Literário Correntes D'Escritas/Papelaria LocusGeometria das Sombras, de Tatiana Vanessa Bessa, sob o pseudónimo Ophelia Nery
Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes D'Escritas/Porto EditoraUm susto e um presente, escrito pelos alunos da Escola Básica 1/JI de Aires

Foram também atribuídos os prémios para o segundo e terceiro classificados do Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d'Escritas/Porto Editora, aos externatos Infantil e Primário Paraíso dos Pequeninos, em Santa Maria da Feira e Patinho Feio, na Amadora, respectivamente.
As instituições Escola de Rendufe, Amares, à Escola São João de Brito, de Lisboa, ao 4º ano da Escola de Lemenhe, Vila Nova de Famalicão e a uma escola portuguesa no Luxemburgo, receberam menções honrosas.

O vereador da cultura Luís Diamantino enalteceu a participação de todos, nestes dez anos de Correntes D’Escritas, assim como lembrou o apoio dos patrocinadores e parceiros ao evento anual.

Para mais informações, consulte o site da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
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Correntes D’Escritas – 10.ª Mesa: A literatura é o sentido último das coisas

«"A literatura é o meu sentido primeiro das coisas. Entre aquilo que leio e aquilo que escrevo. Correnteza de rio pelo caminho das pedras, até ao lugar onde as águas se misturam, se confundem, se fusionam, e só depois se separam, se alargam-alagam e nos contaminam…" O texto que Maria Teresa Horta escreveu, e leu hoje a propósito do tema "A Literatura é o sentido último das coisas", encantou o público, que encheu o Auditório Municipal para assistir à última mesa do Correntes D'Escritas. (...)

Hélia Correia "utilizou" o seu tempo para homenagear Maria Teresa Horta, pessoa a que está ligada por um "amor profundo". "É uma homenagem de uma leitora a uma escritora. Há sempre uma ovelha negra numa família. E como o Correntes D'Escritas é uma grande família, vou ser traquinas e fugir ao tema. A Maria Teresa Horta merece esta homenagem", explicou Hélia Correia.

José Manuel Fajardo brincou, dizendo que "Francisco Guedes e Manuela Ribeiro divertem-se a escolher temas provocatórios para as mesas. E este tema é incómodo, mas tudo o que é um incómodo é um estímulo." Fajardo explicou que "há 20 anos teria respondido sim ou não. Hoje tenho uma atitude mais maleável e digo que não sei se a literatura é o último sentido das coisas." (...)

"A filosofia é o último sentido das coisas, não fosse eu professor de filosofia…" brincou Miguel Real. Para o escritor não é possível conhecer a história de Portugal sem a literatura: "como conheceríamos a corte de D. Manuel sem a obra de Gil Vicente? Como saber quando a burguesia surgiu em Portugal sem 'Viagens da minha terra', de Almeida Garrett?"

Xosé Maria Alvarez Cáccamo contou que "a primeira coisa que fez quando me disseram o tema para esta mesa foi procurar o significado de último no dicionário." O escritor brincou afirmando que "não há sentido último das coisas, há um sentido primeiro que é o Big Bang." (...)

A Onésimo Teotónio de Almeida coube a última intervenção, com o humor característico do autor que arrancou gargalhadas ao público. "Será que nos tempos de crise que atravessamos a literatura é o que nos vai salvar?", perguntou Onésimo. (...)»

Para ler na íntegra o comunicado de imprensa do Pelouro da Cultura, clique aqui.

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Correntes D’Escritas – 9.ª Mesa: Escritas no vento, a universalidade da literatura

«Bruno Serrano, Eduíno de Jesus, Luiz Antonio de Assis Brasil, Manuel Rui, Margarida Vale de Gato e Nuno Júdice juntaram-se no Auditório Municipal para a penúltima mesa de debate do Correntes D´Escritas, moderada pelo espanhol Carlos Quiroga.

O tema "Escritas no vento, a universalidade da literatura" levou o poeta Nuno Júdice a citar Miguel Torga: "O universal é o local sem os muros". A ideia de "literatura do mundo, universal" apresentada por Goethe suscita dúvidas. "Não sei se acredito muito nesta ideia de universalidade", disse Nuno Júdice, explicando que, para si, "a universalidade não é uma fórmula, uma receita para encontrar o mínimo denominador comum" dos títulos da "literatura de aeroporto". Mais importante que o nome de um livro, ou o do seu autor, é a capacidade de falar aos outros, de deixar marcas, como as deixadas pela Cantiga de Amigo (do século XIII) que Nuno Júdice leu.
"Desisti de falar a toda a gente, de ser universal. Falo para mim, no espaço onde estou que é o espaço do meu universo", confidenciou ao muito público que o ouvia atentamente.

A universalidade da literatura foi também questionada por Eduíno de Jesus que considera as línguas "fronteiras" que separam as literaturas nacionais. E "essas fronteiras são intransponíveis", impedindo, por exemplo, um leitor português de ler um poema de um escritor russo. No entanto, pode existir universalidade, afirmou Eduíno de Jesus, "no sentido que os textos transportam".
Margarida Vale de Gato, tradutora de inglês e francês para português, que está a preparar o seu primeiro livro de poesia, defendeu que "Um enredo não faz necessariamente uma obra literária. O tema (o amor, a guerra, a loucura) também não", pelo que a universalidade, disse, não é "uma existência", é antes "uma aspiração". Quem escreve expressa-se individualmente porque acha que tem "coisas a dizer ao mundo. Referindo-se ao Correntes D´Escritas, Margarida Vale Gato aludiu ao facto "maravilhoso" que permite o encontro entre escritores jovens e consagrados.»
Comunicado de impresa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
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Correntes D'Escritas - esse spa literário

Uma pequena peça hoje no DN dá conta de algumas das várias participações na Correntes D'Escritas, ao longo dos dez anos de edições. Manuel Rui, Ivo Machado, Onésimo Teotónio Almeida, Vergílio Alberto Vieira, João Ubaldo Ribeiro, entre outros.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Correntes D’Escritas - 8ª Mesa: A rua faz o livro

Com um tom informal começou este debate, contando com a participação de Santiago Gambôa, Eloy Santos, Fernando Pinto do Amaral, Francisco José Viegas, Gonçalo M. Tavares e Sergi Doria, com moderação de Carlos Vaz Marques.
O público aproveitou o bom tempo e o óbvio sucesso deste evento para encher o auditório Municipal da Póvoa de Varzim.

O tema levava à questão do mundo exterior influenciar a escrita, a influência que tem a vivência e a viagem na criatividade dum escritor.

Não dando tanta importância ao factor externo, Eloy Santos indicou que foi mais com a introspecção que começou a escrever, abrindo «as janelas interiores». Para o escritor, perante a página é que se abrem as ruas.
Santiago Gambôa revelou que foi preciso sair da sua cidade de Bogotá para começar a escrever sobre esta. Foi quando se mudou para Madrid que percebeu que queria escrever sobre a sua infância, nas ruas da cidade colombiana.

Fernando Pinto do Amaral centrou-se na interpretação da palavra «rua», dentro do tema do debate. Segundo este, a palavra pode ser vista «na perspectiva de quem escreve, na perspectiva da escrita, na perspectiva da rua como fonte de inspiração e também na perspectiva da recepção do livro». Isto levou-o a abordar a «rua» como um ponto de divulgação da escrita e dos livros, mas também afirmou que «A rua estimula a curiosidade.»
Na opinião de Gonçalo M. Tavares, é importante estar atento à realidade que se passa na rua. Só assim e através da junção da imaginação com a informação, é possível narrar uma história.

Sergi Doria aproveitou o tema para falar um pouco do seu livro, Guia de Barcelona de Carlos Ruiz Zafón. Neste, o autor espanhol preserva alguns locais e ruas da cidade, que se vão perdendo com o tempo.
Já Francisco José Viegas inverteu os papéis da questão e relembrou que não são só as ruas que permitam a criação de livros, mas que também estes tendem a imortalizar certos locais.

Para mais informações, consulte o site da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
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Correntes D’Escritas - 7ª Mesa: Para onde me levam os livros

Moderado por Vergílio Alberto Vieira e contando com a participação de Antonio Orlando Rodriguez, Inês Pedrosa, Jorge Arrimar, José Mário Silva, Paula Izquierdo e Rui Costa, este debate trouxe algumas surpresas a nível de organização. Cada um dos participantes teve direito a um envelope numerado, uma cidade e um escritor a ela relacionado.

Antonio Orlando Rodriguez ficou com o envelope número um, começando assim o debate.

O autor cubano revelou que, embora não tivesse nascido numa casa de leitores, o que é certo é que tinha «nascido leitor» e, desde cedo, começou a usar os livros para o levarem a «lugares inesperados».
Já Rui Costa apresentou uma forma curiosa de enfrentar a leitura sendo que, segundo o autor, este tende a ler coisas de escritores com quem não sente afinidade, por forma a que a viagem proporcionada pelo livro o leve a «perder o preconceito» e a «aprender mais».
Primeira das coincidências da tarde, foi a atribuição do livro Paris, de Mário Sá Carneiro a José Mário Silva. Foi precisamente nesta cidade que nasceu. Participando pela primeira vez nestes debates do Correntes, o escritor começou por comentar os temas dos debates, considerando-os «sabiamente armadilhados», falando ainda de como o livro poderá ser «um qualquer meio de transporte no sentido metafísico».
A segunda coincidência surgiu logo de seguida, já que Lisboa de Fernando Pessoa calhou a Inês Pedrosa, directora da Casa Fernando Pessoa. Na sua participação, Inês Pedrosa mostrou a sua preferência por livros que a «inquietem», em detrimento de livros considerados de «entretenimento» ou os de auto-ajuda. Continuou, dizendo que embora já tenha ido a muitos sítios fisicamente, também os livros a ajudaram a conhecer o mundo e que para ela, a vida é inconcebível sem o «calmante das palavras».
Embora tenha feito alguma confusão com os temas, pensando que o debate iria abordar a forma como a crise poderá afectar o meio, o que é certo é que Paula Izquierdo acabou por desenvencilhar-se com naturalidade e um toque de humor. Concordando com os participantes anteriores, na opinião da psicóloga e escritora, «Ler um livro é o mais barato que se pode fazer sem sair de casa.»
O último intervelinente, Jorge Arrimar, começou da melhor forma, com humor: «Se eu vos falar de livros que já li, estou a falar-vos de livros que já leram. Por isso vou falar de livros que de certeza vocês nunca leram ou ouviram falar, que são os meus.» Autor viajado, os seus livros refletem isso mesmo, tendo escrito um da sua terra-natal de Angola, antes de ter emigrado. Tem mais dois, dos Açores e de Macau, por onde passou. E escreveu ainda outro sobre Angola, antes de voltar.

Pelo mundo fora viajou esta mesa de debate, no terceiro dia deste Correntes D’Escritas, sempre com a ajuda dos livos.

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Correntes D’Escritas - 6ª Mesa: É literatura tudo o que não é evidente

No auditório Municipal, juntaram-se Antonio Garrido, Eugénio Lisboa, Liberto Cruz, Manuel Gusmão e Pedro Sena-Lino. O debate foi moderado por Ivan Junqueira.

Com um tema considerado «controverso» por alguns, o debate deu-se com referências a física, geometria ou filosofia.

Eugénio Lisboa afirmou que «a literatura mostra, pinta, exibe, alimenta-se de tudo: evidências e não evidências».
Já Liberto Cruz, que considerou o tema não só controverso, como «rebarbativo», considera a literatura como «a mais impura das artes».
Manuel Gusmão acabou por ler alguns excertos de alguns poemas, por forma a demonstrar que «a evidência mata a poesia».
Antonio Garrido fechou o debate com uma ideia mais simples, dando como exemplo uma experiência pessoal. Quando era criança e estava doente, leu livros que muitos consideram como sendo de autores menores. No entanto, para o escritor espanhol, estes livros são especiais, pois foram os que o «fizeram gostar de literatura».

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Hoje, no Correntes D'Escritas

10h30
9.ª MESA: Escritas no vento, a universalidade da literatura

Bruno Serrano
Eduíno de Jesus
Luiz Antonio de Assis Brasil
Manuel Rui
Margarida Vale de Gato
Nuno Júdice
Carlos Quiroga – moderador
AUDITÓRIO MUNICIPAL

16h00
Sessão de Homenagem
Eduardo Guerra Carneiro – Vítor Quelhas
Eduardo Prado Coelho – Francisco Belard
Henrique Abranches – Ondjaki
José António Gonçalves – Luís Carlos Patraquim
Michel Laban – Luandino Vieira
Ramiro Fonte – Vergílio Alberto Vieira
Ray-Güte Mertin – José Manuel Fajardo
Luís Diamantino – moderador
AUDITÓRIO MUNICIPAL

17h00
10.ª MESA: A Literatura é o sentido último das coisas
Hélia Correia
José Manuel Fajardo
Maria Teresa Horta
Miguel Real
Onésimo Teotónio de Almeida
Xosé Maria Alvarez Cáccamo
Maria Flor Pedroso – moderadora
AUDITÓRIO MUNICIPAL

19h00
Encerramento
Entrega dos Prémios Literários Casino da Póvoa, Correntes d’ Escritas Papelaria Locus e Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas Porto Editora
AUDITÓRIO MUNICIPAL

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Os dois encontros de Ivo Machado

O poeta açoriano marcou presença em duas escolas, nos dois primeiros dias do Correntes D'Escritas.


Ontem, Ivo Machado juntou-se a Conceição Lima para visitar o Colégio de Amorim.
Tendo sempre como base a escrita de poesia, ambos os autores recordaram histórias de infância. Momentos íntimos que os marcaram como pessoas e artistas.
Ivo Machado contou como a avó, quando este era novo, disse-lhe que «quando deixasse de ler é porque a morte estaria próxima». Segundo o autor, há dez anos atrás visitou a avó nos Açores, encontrando-a em frente a um televisor desligado. Ao perguntar o que a avó estava a ler, esta respondeu que já há algum tempo que não tinha vontade de ler. Passado dois meses, a senhora faleceu.
Outro momento tocante deu-se quando o autor revelou que o primeiro poema que ouviu foi de sua mãe, quando este lhe sussurrou ao ouvido «meu filho, eu amo-te!».
O tom extremamente emotivo manteve-se, com Conceição Lima a contar como é que se apercebeu do poder das palavras. Quando a mãe se chateava com o pai, costumava ser sempre por algo que este tinha dito. Para apaziguar a mãe, o pai da autora oriunda de São Tomé e Príncipe compunha músicas. Segundo Conceição Lima, as palavras que faziam as letras daquelas músicas «tinham o poder de trazer a paz».

Hoje, Ivo Machado teve a companhia de Eucanaã Ferraz, na visita à Escola Secundária D. Afonso Sanches, de Vila do Conde, no Diana Bar. A sessão tinha como tema «O limite das palavras».

Ivo Machado contestou a expressão, afirmando que são as pessoas que impõem limites às palavras. Adiantou ainda que «A poesia é que nos vem dizer o quão pouco claras são as coisas que nos aparecem claras».
Já Eucanaã Ferraz começou por frisar que «quanto mais palavras se tem, maior é o nosso mundo», indicando que, por muito que as palavras possam ter limites, estes devem ser «esticados».
Mostrou ainda a sua preferência pelo poesia em relação à prosa, apelando a que a «poesia é mais rígida mas faz tudo caber nela».
Ambos declamaram alguns dos seus poemas, partilhando ainda histórias e vivências.
No primeiro dia, Ivo Machado e Conceição Lima comentaram que, para eles, visitar escolas era «uma emoção».
Se houvesse dúvidas, ficou mais que provado a honestidade dos autores. Certamente, o mesmo será verdade para todos os que participam nestas iniciativas do Correntes D'Escritas.

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