Neste debate, moderado por Helena Vasconcelos, e que contou com a presença de autores de África, América Latina e Europa, os focos centraram-se na relação imagem versus palavra, que muitas ideias espoletou.
Luis Fernando Veríssimo deu o exemplo do recurso a imagens quando as palavras são proibidas. Paulina Chiziane, para além de explicar a sua metodologia de trabalho, associou a palavra não só à imagem, como ainda ao som, com o auxílio do próprio público que assistia ao debate.
Também Mário Cláudio associou a palavra não só à imagem como ainda à falta desta, sendo a cegueira uma das características da escrita, na sua opinião.
Entrando no campo das novas tecnologias, Almeida Faria acabou por descrever o seu percurso nos hábitos de escrita, revelando que prefere escrever os seus textos à mão do que confiar em computadores.
Aproveitando este desenrolar da conversa, Alice Vieira acabou por revelar um pormenor curioso, quando passou da máquina de escrever para o computador. Segundo a escritora, esta gravou o som das teclas da máquina de escrever, para reproduzir enquando usava o novo insonoro teclado de computador.
Finalmente, Álvaro Uribe não conseguiu responder à questão de se «a caneta vê», mas adiantou que «a caneta faz ver», explanando que a visão é que dá «uma espécie de partitura à escrita».
A escrita misturada com os sentidos. Assim se poderia resumir o cerne deste debate.
Mais informação no site da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
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