domingo, 1 de junho de 2008

Livros em Desassossego, parte 2

A sessão foi também pautada pela História.

Foi dessa forma que assistimos à descrição em primeira mão do processo de cisão da APEL e de criação da UEP, há cerca de uma década atrás.

A história, contada de diferentes ângulos, permitiu fazer a ponte entre o que então sucedeu e o que alguns dos associados da UEP, não inseridos no Grupo LeYa (nomeadamente a Europa-América e a Gradiva), sentem que está actualmente a suceder.

Tito Lyon de Castro argumentou que, tal como então foram «arregimentados» votos (por procuração, de associados nunca antes envolvidos nas lides associativas) e «contadas espingardas» para vencer a eleição (após a queda precoce da direcção anterior), o Grupo LeYa estaria actualmente a arregimentar os restantes associados da UEP na prossecução dos seus interesses actuais.

Foi também referida outra questão importante, e relacionada com os pavilhões diferenciados. Apesar de ter havido uma vontade e pressão conjunta por parte da quase totalidade dos associados da UEP (uma exigência antiga, aliás), o processo de apresentação de projectos foi iniciado muito tardiamente, tendo tido como prazo máximo uma semana.

A juntar a isso, Tito Lyon de Castro referiu que, já em Dezembro de 2007 - aquando da primeira abordagem informal nesse sentido, pelo Grupo LeYa, no seio da UEP -, pôde observar que a LeYa teria projectos preparados para os novos pavilhões.

Relativamente à UEP, houve igualmente certas questões que necessitaram de ser esclarecidas, nomeadamente a «confusão» que na comunicação social houve em relação à entidade que liderava as negociações. Para isso, Carlos Veiga Ferreira explicou que a presença de Isaías Gomes Teixeira (Grupo LeYa) nas negociações tripartidas (CML/APEL/UEP) se deveu à saída do anterior vice-presidente da UEP (Dr. Manuel Ferrão, representante da Texto Editora), substituído nessas funções por Isaías Gomes Teixeira.

A mesma questão surgiu relativamente à presença do Eng. Vasco Teixeira nessas sessões, justificada pelo Dr. Rui Beja como representando a Lisboa Editora (pertencente ao Grupo Porto Editora), que assume actualmente um dos cargos da vice-presidência da APEL.

(a continuar)