O Diário de Notícias tenta quantificar o valor de facturação da Feira do Livro, para tentar compreender até que ponto a discórdia tem a ver com o dinheiro.
No mesmo encalço o DN chama ao editorial a temática da Feira do Livro e o valor real deste mercado.
A ler aqui e aqui. Excertos:
«No caso do Grupo Leya, que originou o terramoto que envolveu até ataques ao presidente da Câmara de Lisboa por parte da APEL, a facturação prevista na Feira do Livro deverá rondar um valor um pouco superior aos 20% do total do negócio (700 mil euros).
(...)
Para Jorge Reis Sá, da Quasi Edições, "a feira do livro dá outro tipo de lucros, que é o de encontrar livros que não se conseguem encontrar nas livrarias, devido à enorme rotatividade que elas impõem aos livros nas suas lojas".
(...)
Francisco Vale, da Relógio D'Água, "as feiras do livro têm sempre importância. Ao fim de um ano, muitos dos livros já não estão disponíveis nas livrarias e por isso este tipo de eventos é importante". Esta é das poucas editoras que acede a falar em números. "Em Lisboa, estamos presentes com quatro pavilhões e cada um deles representa uma facturação bruta de cerca de 68 mil euros, enquanto no Porto, onde temos dois pavilhões, representa cerca de 30 mil euros", diz Francisco Vale.
(...)
Fernanda Barros, da Livros Cotovia, "é muito mais importante o contacto dos autores com os leitores, a promoção, do que a questão financeira". Até porque, a esse nível, "fica ela por ela". (...) "Se o nosso critério fosse apenas esse [o comercial], uma parte do nosso catálogo desaparecia", justifica aquela responsável.
(...)
Guerra & Paz, que o ano passado marcou presença nas feiras do livro de Lisboa e Porto pela primeira vez, prefere olhar para estes eventos mais como uma forma de divulgação do seu catálogo do que como uma oportunidade de salvar financeiramente o ano.»
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Quanto vale a Feira?
Postado por Booktailors - Consultores Editoriais às 13:41
Marcadores: Feira do Livro de Lisboa, polémicas