sexta-feira, 16 de maio de 2008

Quanto vale a Feira?

O Diário de Notícias tenta quantificar o valor de facturação da Feira do Livro, para tentar compreender até que ponto a discórdia tem a ver com o dinheiro.

No mesmo encalço o DN chama ao editorial a temática da Feira do Livro e o valor real deste mercado.

A ler aqui e aqui. Excertos:

«No caso do Grupo Leya, que originou o terramoto que envolveu até ataques ao presidente da Câmara de Lisboa por parte da APEL, a facturação prevista na Feira do Livro deverá rondar um valor um pouco superior aos 20% do total do negócio (700 mil euros).
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Para Jorge Reis Sá, da Quasi Edições, "a feira do livro dá outro tipo de lucros, que é o de encontrar livros que não se conseguem encontrar nas livrarias, devido à enorme rotatividade que elas impõem aos livros nas suas lojas".
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Francisco Vale, da Relógio D'Água, "as feiras do livro têm sempre importância. Ao fim de um ano, muitos dos livros já não estão disponíveis nas livrarias e por isso este tipo de eventos é importante". Esta é das poucas editoras que acede a falar em números. "Em Lisboa, estamos presentes com quatro pavilhões e cada um deles representa uma facturação bruta de cerca de 68 mil euros, enquanto no Porto, onde temos dois pavilhões, representa cerca de 30 mil euros", diz Francisco Vale.
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Fernanda Barros, da Livros Cotovia, "é muito mais importante o contacto dos autores com os leitores, a promoção, do que a questão financeira". Até porque, a esse nível, "fica ela por ela". (...) "Se o nosso critério fosse apenas esse [o comercial], uma parte do nosso catálogo desaparecia", justifica aquela responsável.
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Guerra & Paz, que o ano passado marcou presença nas feiras do livro de Lisboa e Porto pela primeira vez, prefere olhar para estes eventos mais como uma forma de divulgação do seu catálogo do que como uma oportunidade de salvar financeiramente o ano.»