quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A importância de pensar de fora para dentro

Um dos receios que por vezes surge associado ao marketing quando se fala de livros é o de que esta disciplina subverta por completo a relação pessoal, embora decerto transmissível, com os livros. No entanto, se tomarmos por definição que o marketing serve para aproximar o emissor do receptor, percebemos que o marketing pouco ou nada tem de subversivo.

Veja-se o caso da Quimera que lançou agora mesmo mais um volume de Marina Tavares Dias, sobre D. Carlos, o primeiro chefe de Estado Português do século XX. A autora é da casa, o volume insere-se por completo no muito interessante catálogo da Quimera, as características físicas da obra são comuns ao trabalho da editora.

Que tem isto de marketing? Qual a ligação desta obra com o título do post? É que o livro surge a poucos dias de se iniciar o ano que assinala o centenário sobre o regicídio de 1908, aproveitando-se desta forma o potencial lastro de comunicação sobre o tema. Fazendo uso da maior apetência e sensibilidade do público-leitor para a obra. Antecipando a discussão, posicionando a obra pelo pioneirismo para a discussão deste episódio da História de Portugal.