quinta-feira, 18 de março de 2010

Entrevista a João Paulo Borges Coelho

«João Paulo Borges Coelho nasceu em 1955, no Porto, e foi para Moçambique ainda criança. Confessa que optou por ser moçambicano. É professor de História na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, mas é o seu trabalho como romancista que começa a ser reconhecido. O Olho de Hertzog, agora apresentado em Portugal, valeu-lhe o Prémio LeYa. A acção do livro decorre em Lourenço Marques, após a Primeira Grande Guerra. É um retrato amplo da sociedade daquela época através de um conjunto excepcional de personagens. E o pretexto para conhecermos um historiador para o qual a literatura é soberana.

Que mudou na sua vida com a atribuição do prémio?

Para já não mudou grande coisa. Traz mais visibilidade ao meu trabalho. Houve uma sacudidela esta semana, com as entrevistas e os lançamentos. Tenho esperança que depois regresse à normalidade das aulas e da escrita.

Começou a publicar há sete anos. Há uma diferença entre o que escrevia antes de publicar e aquilo que escreve agora?

Não. Nunca sinto pressão. Eventualmente há contextos em que editores pedem material aos escritores. Isso nunca aconteceu comigo. Tenho o meu ritmo e quando as coisas estão prontas contacto a editora.» Ler no jornal i.