quarta-feira, 13 de maio de 2009

A feira do Livro, por Lúcia Crespo (Jornal de Negócios de 04.05.2009)

«Leya seduz visitantes com16 pavilhões

São 220 pavilhões “standard”, excepto os 16 da Leya [contra 12 da Porto Editora], um por cada editora, com bancas onde os visitantes podem entrar, tocar e folhear os livros. “Posso ir lá dentro e mexer. São os novos mecanismos de ‘marketing’, mas lá que funcionam, funcionam”, brinca Vítor Travassos, professor do 1º ciclo. “E já reparou que a Leya até temuma tenda única para os pagamentos? Nós podemos andar aqui, escolher livros nos vários ‘stands’ e ir apenas a um local pagar”, aponta.

“É um convite ao consumo”, claro. “Tudo muito profissional. Parece uma verdadeira livraria. Mas ao ar livre. Até alarmes contra roubos têm. Estão ali”, indica. Ao lado, estão os seguranças da Prossegur. A área da Leya, onde não faltam teatros de fantoches para crianças e pequenos palcos de leitura, parece ser, de facto, um espaço à parte da 79ª Feira do Livro de Lisboa que, com o mote “Viver a Leitura”, decorre no Parque Eduardo VII até ao dia 17 de Maio.

Tudo muito profissional, sim. Mas, onde se podem visualizar “eBooks”? “Não podem, não temos demonstração. Ninguém pede”, diz um colaborador da Leya. “Pois, eu gosto de sentir o cheiro, o papel, tirar notas, sublinhar”, gesticula o professor do 1º ciclo. “Se calhar, sou conservador”, diz. Mas Gisela, 27 anos, e Gaspar, 32, também dizem “Não” aos “eBooks”. Depois de Lisboa, aproxima-se a Feira do Livro do Porto, que se realiza entre 28 de Maio e 14 de Junho.