quinta-feira, 21 de maio de 2009

Caderno com novas linhas

Decorreu esta manhã, no La Caffé da Avenida da Liberdade, em Lisboa, a apresentação da «nova» Caderno.


O reposicionamento da editora ‒ que nasceu em 2006, enquanto marca editorial do grupo ASA ‒, prende-se, segundo o comunicado disponibilizado, com a tentativa de «contribuir para uma melhor integração no conjunto de editoras do grupo Leya», bem como de «facilitar a criação de uma identidade marca».

A nova estratégia da Caderno será transversal a uma série de aspectos, desde a linha editorial ao próprio conceito gráfico e de comunicação.

Assim, serão privilegiadas «as obras de não ficção», sobretudo «histórias reais relevantes em termos sociais», focando temáticas tão prementes quanto o autismo ou a doença de Alzheimer, para citar apenas alguns exemplos. Privilegiado será também o marketing social, estando previstas parcerias com diversas associações dedicadas aos temas abordados, que se poderão traduzir, por exemplo, na doação de parte das vendas às referidas entidades.

Quanto à ficção, surgirá «pontualmente» na programação editorial da Caderno, «com a relevância dos temas tratados a ser mais importante do que o seu carácter de entretenimento».

No que respeita a design, a reformulação, a cargo da Subbus: Designers, abrange uma diversidade de aspectos, «desde as capas à paginação, passando pelo logótipo». Este último, «respeitando o nome da antiga editora, colou-se graficamente à ideia de caderno, através do imaginário habitualmente associado ao objecto em si: as argolas».
Segundo José Prata, editor da Caderno (e da Lua de Papel), a editora pretende, sobretudo, «lançar para o mercado apostas certeiras», de modo a que possam ser comunicadas convenientemente, numa estratégia de «marketing agressivo». Neste sentido, pretende lançar «entre 15-20 títulos anuais». Atento às tendências do mercado, o editor irá apostar nas «sagas» de animais, estando previstas ainda para este ano as edições portuguesas de Alex and Me (a história de um papagaio que «trabalha» num laboratório) e Making Rounds With Oscar (as aventuras de um gato que «fareja» a morte).

Ao José Prata, os nosso parabéns, pelo seu sentido de oportunidade editorial e pelo carácter refrescante que consegue incutir a todos os projectos em que se envolve.