
O reposicionamento da editora ‒ que nasceu em 2006, enquanto marca editorial do grupo ASA ‒, prende-se, segundo o comunicado disponibilizado, com a tentativa de «contribuir para uma melhor integração no conjunto de editoras do grupo Leya», bem como de «facilitar a criação de uma identidade marca».
A nova estratégia da Caderno será transversal a uma série de aspectos, desde a linha editorial ao próprio conceito gráfico e de comunicação.


Assim, serão privilegiadas «as obras de não ficção», sobretudo «histórias reais relevantes em termos sociais», focando temáticas tão prementes quanto o autismo ou a doença de Alzheimer, para citar apenas alguns exemplos. Privilegiado será também o
marketing social, estando previstas parcerias com diversas associações dedicadas aos temas abordados, que se poderão traduzir, por exemplo, na doação de parte das vendas às referidas entidades.

Quanto à ficção, surgirá «pontualmente» na programação editorial da Caderno, «com a relevância dos temas tratados a ser mais importante do que o seu carácter de entretenimento».
No que respeita a design, a reformulação, a cargo da Subbus: Designers, abrange uma diversidade de aspectos, «desde as capas à paginação, passando pelo logótipo». Este último, «respeitando o nome da antiga editora, colou-se graficamente à ideia de caderno, através do imaginário habitualmente associado ao objecto em si: as argolas».

Segundo José Prata, editor da Caderno (e da Lua de Papel), a editora pretende, sobretudo, «lançar para o mercado apostas certeiras», de modo a que possam ser comunicadas convenientemente, numa estratégia de «
marketing agressivo». Neste sentido, pretende lançar «entre 15-20 títulos anuais». Atento às tendências do mercado, o editor irá apostar nas «sagas» de animais, estando previstas ainda para este ano as edições portuguesas de
Alex and Me (a história de um papagaio que «trabalha» num laboratório) e
Making Rounds With Oscar (as aventuras de um gato que «fareja» a morte).
Ao José Prata, os nosso parabéns, pelo seu sentido de oportunidade editorial e pelo carácter refrescante que consegue incutir a todos os projectos em que se envolve.