Deixamos aqui o comunicado da Byblos que foi enviado para as redacções da Comunicação Social:
«Ex.mos Senhores
A Comunicação Social sempre acarinhou o novo conceito de Livrarias Byblos e, por isso, neste doloroso momento, impõe-se não só um palavra de agradecimento como também um enquadramento tão esclarecedor quanto possível.
1. Assim, lembramos que o novo conceito de Livrarias Byblos abriu ao público em 14 de Dezembro de 2007 e tinha como objectivos inéditos:
a) ser a primeira Livraria de Fundo Editorial no nosso país, disponibilizando a totalidade das obras publicadas em língua portuguesa;
b) e ser a primeira livraria a nível mundial que, através de pesquisa em ecrãs tácteis, facultava a exacta localização da estante e prateleira onde se encontraria o título pretendido;
c) deste sonho, idealizado e concretizado num acolhedor ambiente, incluiu-se também a disponibilização de dezenas de lugares sentados para consulta dos livros, um amplo Auditório onde se realizaram as mais diversas actividades culturais, uma Cafetaria (com serviço de almoços e jantares) a par da comercialização de outros produtos culturais (Jogos, CDs, DVDs, etc.)
Enfim, disponibilizou-se um verdadeiro serviço público o qual foi reconhecido não só no plano interno como internacionalmente, com visitas organizadas de livreiros Americanos, Alemães, Brasileiros, Eslovenos, Espanhóis, Franceses, Finlandeses, Holandeses, Ingleses, Italianos, etc. Foram publicados artigos nas mais variadas revistas estrangeiras e sempre salientavam as inovações tecnológicas, com particular destaque à inédita utilização das etiquetas RFID (Radio Frequency Identity), bem como à dimensão e à qualidade do “design da loja”.
2. No entanto este sonho transformou-se num pesadelo:
a) A empresa que havia assinado um “Protocolo de Entendimento”, tendo em vista a tomada de uma posição accionista de 40%, foi protelando a data da celebração do competente contrato e acabou por desistir em Abril de 2008;
b) Entretanto, de 2007 para 2008 o Mundo mudara e foram infrutíferas as tentativas de encontrar novos accionistas;
c) O mercado entrara numa enorme retracção e, face à crise financeira, os financiamentos foram também impossíveis de concretizar.
3. Sendo a actividade livreira sazonal, os prejuízos acumulados no primeiro semestre provocaram um corte generalizado dos fornecimentos precisamente no segundo semestre, durante o qual seria possível promover-se alguma recuperação.
4. Nestas circunstâncias impõe-se à Administração o dever de Apresentação à Insolvência.
Assim procedeu a
Livrarias Peculiares, S.A.
O Administrador Único»