quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Livro escolar - ponto de situação

O Público publica hoje, página 13 com chamada à contracapa, uma peça sobre o ponto de situação do livro escolar, nomeadamente no que à LeYa diz respeito. Alguns excertos do artigo de Bárbara Wong:

«Os livros da ASA, Gailivro, Nova Gaia e Texto Editora continuam em falta. Há uma semana, numa carta enviada aos livreiros, o grupo Leya, a que as quatro editoras pertencem, reconhecia que um quarto dos manuais ainda não tinha chegado ao grande público e prometia repor a normalidade até ao final do mês.
(...)
O assessor de comunicação da Leya, José Menezes, explicava ontem ser impossível confirmar se a promessa foi cumprida
(...)
É que os pais têm dificuldade em compreender que a culpa dos atrasos não é das livrarias, explicam. Na Casa Rádio há notícias afixadas sobre esta situação. Na Livraria Sagres, em Faro, a carta da Leya tem sido fotocopiada e entregue aos pais para mostrarem aos professores, para evitar a marcação de faltas de material aos alunos, conta José Manuel, responsável pelas encomendas.
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Os principais prejudicados são os alunos, reconhece Carla Nunes, da Livraria Nazareth & Filhos, de Évora: “Há turmas inteiras sem livros. Há faltas em quase todos os anos de escolaridade. Não há um aluno que não tenha pelo menos um manual em falta. Os professores têm pouca tolerância
e marcam faltas de material”.
(...)
A falta de informação por parte da Leya é a queixa mais frequente. Se até há pouco tempo ninguém atendia o telefone, agora não sabem o que responder, queixa-se João Gomes, da Livraria Rino, em Águeda. Nem sequer a página de Internet informa quando é que os títulos estarão disponíveis, acrescenta.
(...)
Muitos tentam colmatar as faltas com idas, por vezes diárias, aos armazéns. José Alves, da Livraria José Alves, no Porto, considera “positivo” estes estarem abertos diariamente, mas reconhece que os livreiros têm dificuldade em deslocar-se. A Leya não respondeu ontem a estas críticas em tempo útil.»