segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Os copywriters de Paterson

Segundo James Paterson, um dos autores mais dinâmicos e que mais vende nos EUA, os «editores estão na Idade Média».

Paterson, que mantém várias colecções em simultâneo em géneros tão distintos como policiais, horror, thriller, romance, graphic novels, romance histórico, conta com 35 best sellers, (quase 20 milhões de livros vendidos anualmente só nos EUA), atingindo rendimentos na ordem dos 1.5 mil milhões de dólares por ano.: «publishing houses are lost in the Middle Ages, they really don't have a clue. I remember initially it was like, 'Oh my God, he's going to hurt the brand by doing other kinds of stories.' And I said, here's what I think a brand is, from my own experience with dealing with a lot of brands – a brand is just a connection between something and a lot of people who use or try that product.»

Acrescente-se que Paterson tem profundos conhecimentos de marketing (o que pode justificar o sucesso da sua carreira enquanto autor): aos 39 anos estava já à frente da agência J. Walter Thompson, dos EUA, de onde saiu aos 51 anos.

"If there is a brand that's called James Patterson, and I suppose there is, it's that when you pick up a Patterson book you'll not be able to stop reading. It doesn't matter whether it's a romantic story, a young-adult book, or non-fiction."

Explique-se ainda que Paterson gere uma equipa de copy writers (5) que escrevem em seu nome, funcionando como realizador e marca de várias séries. Partindo desse modelo, afirma claramente que os editores ainda não aprenderam a funcionar numa lógica actual, onde o autor é a marca e os conteúdos são trabalho editorial.

Via The Independent.