quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O livro escolar - críticas ao Grupo LeYa

«Este ano, segundo António Sousa, proprietário da Livraria 115, em Coimbra, «toda a gente está sem livros escolares». O livreiro não se amedrontou na hora de apontar o dedo ao responsável. «A culpa é do grupo Leya», garantiu, contestando a editora que afirma que «estão 95 por cento dos livros na rua». «Andam na rua, mas não se sabe em que rua estão», ironizou, antes de realçar: «Podem estar feitos, não estão é no circuito de distribuição. Os livreiros chegaram ao ponto de rotura».

As duras críticas ao grupo editorial de Miguel Pais do Amaral não se ficam por aqui. «Destruiu todo o circuito de distribuição», referiu António Sousa, informando que «a intenção da Leya é vender tudo directamente». Porém, as coisas não correram como previsto e, na sexta-feira passada, o site da holding «veio abaixo». «O sistema estoirou por completo e pediram aos livreiros para irem buscar os livros a Lisboa ou ao Porto», criticou.
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A falta de «pessoal qualificado e experiente» deixou António Sousa “à beira de um ataque de nervos”. «Além de não estar ninguém a dar indicações, pois o cliente é que tem de abastecer-se, há funcionários que mal sabem falar português», assumiu o livreiro, que logo apresentou uma justificação: «Despediram o pessoal com experiência, que trabalhava com os antigos editores, e contrataram mão-de-obra barata».Apesar de reconhecer que «sempre houve dificuldades com os livros escolares», o proprietário da Livraria 115 declarou que «os grandes problemas só surgiram desde que a Leya comprou cinco ou seis editoras». «O monopólio e a prepotência começaram agora», destacou António Sousa...»

Em Coimbra ouvem-se fortes críticas ao grupo LeYa. Para ler aqui.