sábado, 24 de maio de 2008

Tinta da China, de perfil

O DN, num artigo de Catarina Teixeira Pinto, publica na sua edição de hoje um perfil de Bárbara Bulhosa e da Tinta da China. Alguns excertos:

«Integrou a direcção da livraria Bulhosa, mas acabou por sair, tal como o marido, Jaime Bulhosa. Juntos, decidiram continuar a trabalhar no mundo da literatura: venderam a sua quota ao sócio maioritário e Bárbara, que conhecia bem as exigências do mercado e o seu público, criou a editora Tinta da China com duas sócias. Em 2005.
(...)
Pequena, é certo, mas "totalmente independente" e que hoje já tem um público fiel, maioritariamente jovem, como sublinha em declarações ao DN gente.

A blogosfera foi um dos pontos de partida de Bárbara Bulhosa, que decidiu apostar em jovens autores que demonstraram saber reflectir sobre a sociedade. Alguns nomes: Rui Tavares (que foi seu colega de faculdade), João Pedro George, Pedro Oliveira, Carlos Leone e Ricardo Araújo Pereira. O "gato fedorento", como ela de resto já previa, revelou-se um fenómeno de vendas."Quisemos investir e dar a conhecer esta geração dos blogues. É a nossa geração, com quem nos identificamos. Evitamos textos muito académicos e trabalhamos também muito na área do ensaio e da não ficção", sublinha.Qual o segredo do seu sucesso? "É apostar em livros que cheguem às pessoas. O mais difícil é ter livros bons e que se vendam. É complicado, mas é o nosso objectivo. Não editamos livros só porque a pessoa que o escreve é já conhecida do público. O mais importante é apostar na qualidade, não no mediatismo da pessoa. Para mim, é muito claro: o bom vende. Não temos de fazer lixo para vender."
(...)
Desde 2005, foram criadas mais editoras que livrarias. Porquê? "Hoje vendem-se livros nas estações de serviço e nos supermercados, o que faz diminuir o investimento no mercado livreiro. Além disso, o investimento para criar uma editora também é menor do que para uma livraria."

A propósito das recentes concentrações de editoras em grupos empresariais, aproveita para garantir que a Tinta da China não está à venda...Bárbara Bulhosa sempre soube que queria trabalhar com livros.»

Leitura integral aqui.