terça-feira, 13 de maio de 2008

Leyapoly, por Luis Graça

Luis Graça, na caixa de comentário do Blogtailors, avançou um jogo intitulado Leyapoly, que pretende apresentar à Majora. Pela sua pertinência, e por considerarmos que seria interessante fazer torneios com os administradores de algumas casas editoriais, deixamos aqui, em post, a informação avançada.
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LEYAPOLY

Jogadores: de 2 a 222.

Material: Um tabuleiro adquirido na Festa dos Tabuleiros, em Tomar. Em alternativa, pode ser o tabuleiro da ponte Vasco da Gama.

Cartas: de aquisição, de fusão, de extinção da empresa, de despedimento de pessoal, de citações trocadas (por exemplo, Eça de Queiroz em vez de Camões).

Dados: viciados ou por viciar.

Início: depois de a pessoa com a conta mais gorda num banco de referência escolher se é a primeira a jogar ou determinar qual o jogador que joga, lançam-se os dados. Os restantes jogadores terão de fazer coro: "A César o que é de César, à Leya o que é da Leya, Alitalia Jacta Est".

Nas casas ímpares há bónus: "Vossa Sumidade não sabe quantos cantos têm os Lusíadas, mas o Morais é que percebia de cantos. Erga a sua taça das taças e salte por cima da Feira do Livro. Você acaba de adquirir a Texto Editora. Tem três jogadas para destruir todos os dicionários e adaptá-los ao acordo ortográfico".

Nas casas pares há penalizações: "Seu palhaço ignorante. Você devia ir para a cadeia, mas como tem conhecimentos, limita-se a perder uma editora da Leya --- à escolha --- e a ter de trabalhar de manhã na Relógio D'Água e à tarde na Cotovia. Se se portar mal pode ser obrigado a ler livros da Anita ao Manuel Rosa, em horário a determinar em Conselho Editorial da Assírio e Alvim".

Os baralhos de 120 cartas não terão Jokers, mas Lobo Antunes e Saramagos. Sempre que saia uma carta saramaga o jogador tem direito a um bónus-cervantes. Ou passa umas férias com tudo pago em Lanzarote, ou ganha uma prateleira para uma das suas editoras na papelaria da Assembleia da República.

Sempre que saia uma carta lobófila o jogador pode editar um manual do esplendor na editora dos outros jogadores, com os custos suportados por estes.

No final de três voltas ao tabuleiro, ganha o jogador que perceber menos de literatura.»