Hoje, no Portugal Diário, uma notícia sobre a situação da Feira do Livro. Excertos:
«Ao PortugalDiário, a vereadora do pelouro da Cultura da Câmara de Lisboa, Rosália Vargas, explica que se as editoras da Leya não estiverem presentes na Feira do Livro, devido à «intransigência» da APEL, a autarquia «pode considerar que não estão reunidas as condições de garante de serviço público» e decidir não atribuir o subsídio.
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«Se houver uma alteração muito significativa desse interesse público, a câmara pode decidir não manter esse apoio. A autarquia não pode dirimir conflitos entre privados, o que nos interessa é que haja uma participação ampla porque o evento é de grande importância cultural para a cidade», esclarece Rosália Vargas.
Ainda assim, adianta a autarca, se não houver susídio camarário, a APEl pode continuar a realizar a Feira do Livro, «tem autorização para isso».
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«APEL está a ser pressionada por duas ou três editoras»
Quanto à União de Editores Livreiros (UEL), que representa o Grupo Leya, vai esperar pelo esclarecimento da APEL à autarquia. Se a APEL não recuar na sua decisão de uniformidade nos stands, «uma parte dos editores participará, outra não», esclareceu Carlos Veiga Ferreira ao PortugalDiário.
O presidente da UEP adianta, no entanto, que se a autarquia não isentar as editoras de taxas municipais «fica incomportável em termos financeiros. São caríssimas». Carlos Veiga Ferreira lamenta ainda que a APEL tenha quebrado a sua palavra em todo este processo e só encontra uma explicação: «Está a ser pressionada por duas ou três editoras a quem não interessa o aparecimento da Leya».
Num e-mail de 10 de Abril trocado entre a direcção da APEL e da UEP, a que o PortugalDiário teve acesso, o presidente da APEL considerava «ser admissível a participação de stands diferentes dos tradicionais com pé-direito e área a serem devidamente consideradas em função da estética da feira e da tipologia do terreno de implantação».
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...foi «evocado o compromisso verbal assumido pela Direcção da APEL perante a CML (Presidente, Vereadora e Director Municipal)» e que o vice-presidente da direcção da APEL, Dr. José Pinho, «declarou que esse compromisso nunca tinha sido lavrado por escrito e portanto não se sentiam na obrigação de o cumprir».
A autarquia lisboeta pede, agora à APEL que esclareça tudo. Disso depende a atribuição de 200 mil euros de subsídio e a isenção de taxas municipais.
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Esta questão entre a APEL e a Leya não acontece no Porto. Aqui a Feira do Livro arranca no dia 21 (prolonga-se até 10 de Junho), no Pavilhão Rosa Mota, e com uma dimensão semelhante à do ano passado: 94 stands. As maiores editoras do recém-formado grupo Leya vão estar presentes, ainda que indirectamente.»
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Feira do Livro - ponto de situação
Postado por Booktailors - Consultores Editoriais às 16:29
Marcadores: Associativismo, Feira do Livro de Lisboa, polémicas