Alberto Gonçalves publica hoje no DN um texto dedicado à feira. Para ler aqui. Excertos:
«A APEL acusou a autarquia de servir a Leya. A Feira esteve uns dias em risco. A autarquia insistiu. A Feira foi adiada. A Leya não cedeu. A APEL cedeu. A Feira começa agora.Mas qual Feira, Deus meu? A "festa democrática" que Saramago já recorda com saudade ou a manifestação da "diferença de classes" que Saramago antecipa? De acordo com o avisado romancista de Lanzarote, o barracão "imponente" da Leya "abre as portas a uma espécie de caos". Assino por baixo e reforço: caos é favor. Exibir livros em qualquer suporte distinto dos vulgares caixotes prefabricados constitui praticamente um convite ao Armagedão.
(...)
E milhares de pessoas atarantadas no parque Eduardo VII, confusas pela luta de classes e indecisas entre os caixotes e a "imponência", não auguram um espectáculo bonito.É, naturalmente, o espectáculo que o capitalismo oferece. E que mais uma vez saiu vencedor. Pior para a democracia da Feira, a qual, é preciso dizê-lo, nunca foi a perfeição que Saramago insinua».
domingo, 25 de maio de 2008
Feira do Livro (Alberto Gonçalves)
Postado por Booktailors - Consultores Editoriais às 14:47
Marcadores: Feira do Livro de Lisboa, Opinião