quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dossiê sector do livro no Jornal de Negócios

Elisabete Sá assina hoje no Jornal de Negócios (pp.18-22) um dossiê dedicado ao sector do livro, que conta com a participação de Carlos da Veiga Ferreira, Marco Lebre (Explorer), Mário Moura, António Lobato Faria e os Booktailors. Alguns excertos:

«O livro está na moda. O negócio também. O sector, muito dominado por empresas tradicionais, nadas e criadas entre prosas e poesias, tem vindo a despertar a apetência de 'novos' empresários".
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"Julgamos que este mercado tinha as condições necessárias para se fazer uma concentração nos termos que temos vindo a fazer. Ou seja, reduzir custos nas áreas do "backoffice", que não são 'core business', para reinvestir no que é importante: conteúdos, 'marketing' e distribuição. Se isto for feito, o mercado editorial é um sector económico interessante"»
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Com a entrada da Explorer, o negócio ganhou em orientação estratégica e operacional. O "back office" e a área financeira foram reforçados e concentrou-se a distribuição das três insígnias. A Explorer, que acabou por ser adquirida pelo Direct Group, da alemã Berterlsmann - vai continuar à procura de editoras não escolares para comprar. "Os livros não escolares registaram um crescimento considerável em 2007: cerca de 30%", salienta Marco Lebre. "Compramos para vender. Claramente".
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"... o produto livro tem um grande peso nos mecados africanos, em especial Moçambique, onde representa 16% das exportações portuguesas" [Carlos da Veiga Ferreira]"
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Mário Moura diz que vendeu a Pergaminho ao Direct Group porque, entre outros grupos, teve ali a garantia de que a programação editorial da Pergaminho seria continuada. É que, em muitas casos, as técnicas de distribuição estão a ser mal realizadas pelos grupos em causa "Não se pode juntar oito editoras e colocá-las num caldeirão. Cada uma tem as suas especificidades".

Elisabete Sá, Pilhas de livros, montes de negócios, Jornal de Negócios, pp. 18-19.