segunda-feira, 21 de abril de 2008

Acordo Ortográfico: Editoras de ferramentas informáticas dividas sobre necessidade de novos programas

O Público publica no seu website um artigo sobre as empresas que produzem aplicações informáticas relacionadas com a língua portuguesa. Alguns excertos:


«...Umas estão preparadas, embora não concordem com as mudanças, outras preferem não falar no assunto."Estamos atentos ao tema, há alguns anos, mas não vamos precipitar-nos, pois o Acordo ainda nem foi ratificado", afirmou Carlos Amaral, um dos administradores da empresa “Priberam Informática”, que tem no mercado ferramentas como o “Flip”, corrector ortográfico e de sintaxe com dicionário de sinónimos e auxiliares de tradução.

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Carlos Amaral descreveu os futuros programas, como “um produto informático flexível mas cuja base seja clara, de modo a não confundir o utilizador, pois este tipo de ferramentas serve para esclarecer dúvidas, não para as agravar”. Carlos Amaral revelou ainda que outra das possibilidades em estudo é a de "os novos programas permitirem que um texto em português actual possa ser convertido automaticamente para o português do acordo".

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Atenta ao Acordo Ortográfico está também a “Porto Editora”, que disponibiliza em CD-ROM a linha "PROfissional", onde se incluem o Dicionário da Língua Portuguesa, os Dicionários de Português-Inglês e Inglês-Português e os de Português-Francês e Francês-Português. "Estamos preparados para alterar as ferramentas à sombra do Acordo e digo à sombra e não à luz porque o Acordo é uma penumbra que vai cair sobre a língua portuguesa", afirmou Paulo Gonçalves, do gabinete de comunicação da Porto Editora.

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A data de lançamento dos novos produtos ainda não se conhece, porém Paulo Gonçalves assegurou que se o Acordo avançar, em menos de seis meses terão as ferramentas no mercado. (...) "Quase todos consideram que o acordo é um disparate, embora também tenham consciência da sua inevitabilidade", revelou.

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Quanto à “Verbo”, o director editorial, João Miguel Guedes, revelou que o acordo "não é uma preocupação". "Ainda nem se sabe se ele sempre entra em vigor e quando é que os professores vão ensinar a nova grafia aos alunos", assinalou. "

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A "Texto Editora" ainda não tomou nenhuma decisão sobre medidas a tomar, tendo Susana Almeida, do gabinete de imprensa do grupo “Leya” (a que a Texto pertence desde 2007), informado que "a questão ainda está a ser perspectivada".»

Mais desenvolvimentos no Público.