Dóris Graça Dias no DN

Ainda acerca da polémica de alegada censura da crítica à obra Rio das Flores, Dóris Graça Dias concedeu uma entrevista ao DN. A entrevista foi conduzida por Maria João Espadinha e tem como título "O 'Rio das Flores' não é uma obra literária". Alguns excertos:

Chegou a falar alguma vez com o director Henrique Monteiro?
Nunca tratei de nada directamente com o Henrique, o meu interlocutor era o editor da Actual. O que ele diz sobre a crítica é de uma pessoa que não entende. Faço crítica há seis anos e esta foi a primeira vez que me puseram em causa. Acho que as pessoas não entendem o que é a crítica literária, a literatura, o mercado e o marketing que o envolvem. O livro foi apresentado com uma campanha de marketing fortíssima, mas não é uma obra literária. Acho que tudo isto que acontece se deve à ignorância. Repara que eu estou a falar do Miguel Sousa Tavares enquanto autor e não como comentador político. Acho que se ele escrevesse o livro sem ter o nome dele, este nunca seria publicado.

(...)

Quer continuar a trabalhar com o jornal?
Não estou interessada em continuar a colaborar com o Expreso. O assunto é triste pelo resultado em sim, torna-se muito mesquinho. Fiz uma crítica um pouco airosa, uma aproximação um pouco desprendida. O livro não tem interesse nenhum.

(...)

Pretende tomar medidas contra o jornal?
As acções ficam com quem as pratica. Para mim, este assunto está encerrado?