sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Para relativizarmos um pouco as coisas...


Agora que em todos os jornais se fala da compra e venda de editoras por valores pouco divulgados (sim, a Pergaminho está prestes a ser falada na comunicação...), eis que surgem contas de somar feitas noutros países, melhor, noutros mundos bastante diferentes.


Segundo os especialistas, no ano de 2007 trocaram de mãos quase 9 mil milhões de euros (13 mil milhões de dólares).

Se por cá a Texto, a Asa, a Gailivro e a Nova Gaia representaram o mercado escolar trocado por moeda, no mundo anglo-saxónico a maior operação também foi no escolar, mas efectuada pela Apax Partners (Fundo de Investimento que nada tem a ver com os livros) em associação com a OMERS (um Fundo de Pensões Canadiano que devia querer diversificar as suas aplicações), ao comprarem a parte escolar da Thompson e, posteriormente, o braço de ensino superior da Houghton Mifflin Riverdeep.


A Houghton Mifflin não quis ficar atrás e, após vender a HMR, foi também comprar e logo em grande, neste caso a Harcourt dos EUA.

Outras vendas mais pequenas, mas não tão pequenas quanto as nossas, foram a venda do Grupo Avalon Publishing à Perseus que, entretanto, também vendeu a Jack Shoemaker a sua antiga casa, a Shoemaker & Hoard, que pertencia anteriormente à Avalon.

Já agora, Jack Shoemaker e seu sócio não quiseram só isso e também compraram a Counterpoint Press e a Soft Skull, criando a Counterpoint LLC.

Falando de fundos, a Square Publishing (que está associada a um fundo de capitais) comprou a Northland Publishing e a T&N Children's Publishing, assim como o fundo Bertram Capital comprou a AuthorHouse e a iUniverse, tornando-se preponderante no mercado da auto-edição por print-on-demand.

Já estão cansados? Ainda não?
Então saibam que a Rizzoli comprou a Hugh Lauter Levin Associates, que a Amazon comprou a editora de audiolivros Brilliance Audio, que a Taylor & Francis comprou a Haworth e a Productivity Press, que a John Wiley comprou Blackwell Publishing (de edição científica especializada), para além de vários outros negócios mais pequenos que seriam demasiado enfadonhos para continuar a citar.

No meio de tudo isso, só conseguimos pensar em como o nosso mercado é pequeno, tão pequeno que a maior parte destas operações vale, por si só, mais do que todo ele.

[Via JAF / Publishers Weekly]