Hoje, no editorial do Diário de Notícias.
O negócio dos livros vive momentos de prosperidade em Portugal. Prova disso é a abertura ontem em Lisboa da Byblos, a maior livraria do País. Outra são as editoras que nascem todos os anos (algumas também morrem). E outra ainda é o interesse das multinacionais em entrar em Portugal (a Bertelsmann comprou a Bertrand e o Círculo de Leitores).
Já se publica muito em Portugal - 14 mil livros até finais de Novembro. E também se deve vender, já que, apesar de ninguém revelar números, sabe- -se que a Fnac obteve por cá um sucesso inesperado (só Paris tem mais lojas do que Lisboa) e que a Bertrand tem vindo a alargar a sua rede a uma série de cidades médias.
O que significa que, apesar de sermos um país com fama de pouco ler, existe hoje uma minoria robusta que alimenta, e bem, o negócio do livro. Há quem afirme desses milhares de novos leitores, a maioria procura apenas entretenimento e não literatura, mas isso é entrar no campo dos relativismos. E há novos leitores, sim é uma certeza. E que os livros são um bom negócio, também ninguém duvida.