Ainda sobre a Fnac, (ver mais aqui e aqui), deixamos algumas informações que têm vindo a ser vinculadas sobre esta cadeia de lojas na imprensa. EM referencia Enrique Martinez – director geral da Fnac Portugal, e DO Denis Olivennes – presidente da Fnac a nível internacional.
- A Fnac, aquando da sua chegada em 1998, pretendia abrir apenas mais 2 ou 3 lojas, contudo em 2008 já terão 18. (1) Portugal é considerado o fenómeno de momento da Fnac. É o país onde as vendas por metro quadrado se reflectem de forma mais expressiva nas caixas registadoras e também o terceiro em número de lojas, a seguir a França e Espanha, daí que DO considere Portugal o “melhor aluno da classe Fnac. É o primeiro país em rentabilidade e resultados de exploração”, chegando ao ponto de dizer que “a continuar este sucesso, será a Fnac França que se irá tornar uma filial da Fnac Portuguesa” (2)
- A Fnac irá abrir mais duas lojas em solo luso, sendo que a loja de Alfragide abre a 13 de Novembro, seguindo-se Braga. A cidade de Lisboa torna-se assim a segunda cidade do mundo com mais lojas, apenas suplantada por Paris (mais de vinte). Barcelona e Madrid têm apenas 3 lojas. Em Bruxelas e Milão apenas uma. Mais, EM refere que Lisboa “ainda tem espaço para, pelo menos, mais uma loja”. (1) A Fnac pretende estabelecer-se com 20 lojas em Portugal, pretendendo assim investir 17,5 milhões de euros . Em 2008, pretendem abrir uma loja em Viseu. As áreas prioritária de expansão até 2011 são: área metropolitana de Lisboa, com provável reforço na margem sul (zona de Setúbal), área do Porto, Faro, Leiria e Aveiro. (3)
- É convicção de Enrique Martinez que o nosso poderá comportar ainda 20 lojas, revelação sustentada nos resultados de 2007. Mais, para provar que o conceito Fnac sobrevive fora dos grandes centros urbanos, “a loja de Albufeira consolidou-se e, em 2008 ou 2009, dependendo dos licenciamento, abriremos uma nova, em Faro”. (1) Esta perspectiva é corroborada por DO (2)
- O espaço de Alfragide terá cerca de 1800 metros quadrados, inseridos na área comercial do Jumbo. EM justifica a escolha: “é uma boa oportunidade para diversificar a oferta, captar novos clientes. E um dos factores de escolha de uma loja é a proximidade”. Revela ainda que será a primeira loja de Lisboa com o novo conceito Fnac “aspecto mais claro, mobiliário mais adaptado aos novos tipos de aparelhos, mais iluminada. “ (1) EM refere que a dimensão das lojas Fnac não ultrapassa os 2000 metros quadrados, pois essa realidade implicaria o fecho das lojas aos domingos à tarde. Se a legislação fosse outra, possivelmente já existiram Fnac com áreas superiores às existentes – entre os 1600 e os 1900 metros quadrados. Em Paris, por exemplo, existe uma loja com 12 mil metros quadrados. (3)
- A Fnac está a preparar a sua entrada na Rússia e Turquia. Fora da Europa, a Fnac apenas está presente no Brasil (Abandonou recentemente o projecto Taiwan). Ainda acerca do mercado sul-america, DO refere que “talvez um dia a Fnac vá mais longe”. DO é muito claro ao referir que a prioridade é o continente europeu: “Porquê atacar o mercado chinês se ainda temos tanto para fazer na Europa?” (2)
- EM revela que a grande opção de futuro da Fnac é a Internet, pois pretendem entrar na competição pela venda de músicas, através da plataforma Fnac Música. Em França, já suplantam mesmo os valores da Apple – Itunes. Para Portugal, o gestor não avançou com datas. (1)
- DO recusa o rótulo de hipermercado da cultura, justificando-se: “a Fnac também não quer ser um hipermercado de cultura. A nossa missão é outra: continuar a partilhar o prazer de descobrir autores, músicas e tecnologias com que os consumidores nunca sonharam”. (2)
- Os dez anos da Fnac em Portugal números, segundo a Visão (1):
* 12 Lojas (mais 3 em 2008)
* As vendas totais atingiram a cifra de 2 mil milhões de euros
* Venda de 13,5 milhões de DVD
* Venda de 22,5 milhões de CD
* Venda de 31,5 milhões de livros
- A Fnac em Portugal em 2006, segundo o caderno de Economia do Expresso (2):
* 290 milhões de euros de vendas
* As vendas por metro quadrado atingem os 19,743 euros
* As vendas por colaborador atingem os 244,728 euros
* Venda de 4 milhões de livros
* Venda de 2,7 milhões de CD
* Venda de 1,2 milhões de DVD
- Alguns números avançados pelo Jornal de Negócios na edição de hoje (3):
* A Fnac, após a abertura das lojas de Alfragide e Braga, fechará o ano, somando ao seu investimento já feito 7 milhões de euros, mais 3565 metros quadrados de superfície aos já 19,000 que tem neste momento, e 202 colaboradores aos 1350 que já emprega.
* Cada lançamento de loja implica um investimento de 300 mil euros em comunicação, de um orçamento total de 3 milhões de euros anuais
* Além do investimento em novas lojas, a Fnac aplicou 3,5 milhões de euros na remodelação das lojas
* A Fnac Portugal atingiu um volume de vendas sem IVA de 244,3 milhões de euros em 2006 (290 milhões brutos)
* A Fnac Portugal representa a terceira divisão geográfica do grupo Fnac em valor de receitas. Representou em 2006 5,4% das receitas; Espanha representou 8,7% e França 74,8%.
* As vendas online estão com um crescimento anual de 50% em Portugal, representando já 1% da facturação total
* Por categorias, as vendas estão repartidas da seguinte forma: 40% para produtos editoriais (livros, música e cinema); 60% para tecnologia (dos quais, 70% é informática)
* EM não revelou a previsão de crescimento para 2007, mas avança que no 2º semestre espera que a evolução dos primeiros 6 meses, de 13%, seja superada.
(1) Revista Visão, "O filão português", 08.11.2007, p.66 [Artigo com Enrique Martinez – director geral da Fnac Portugal]
(2) Expresso – caderno de economia, “Não somos o hipermercado da cultura”, 10.11.2007, p. 23. [Artigo com Denis Olivennes – presidente da Fnac a nível internacional]
(3) Jornal de Negócios, "Fnac revê plano de expansão para 2011 e investe mais 17,5 milhões no país," 12.11.2007, p. 10. [Artigo com Enrique Martinez – director geral da Fnac Portugal]
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Fnac
Postado por Booktailors - Consultores Editoriais às 13:54
Marcadores: Distribuição, Fnac, Marketing do Livro