segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ruy Duarte de Carvalho, por Francisco José Viegas

«Foi o José Eduardo Agualusa que mo apresentou há anos – a ele e aos seus livros, de que naturalmente elejo Vou Lá Visitar Pastores, Os Papéis do Inglês e a poesia reunida em Lavra. Depois, entrevistei-o – uma hora de tv no defunto Ler para Crer. Retive uma imagem: a do homem do deserto, cruzando a solidão do Namibe (Moçâmedes), falando com solitários, albergando-se em acampamentos de mucubais. Mais tarde servi-me de duas ou três imagens dos seus livros, para livros meus. De vez em quando, assistia a diálogos curtos entre Ruy Duarte de Carvalho e José Eduardo, de Angola para o Brasil, de Angola para Portugal. A sua seriedade absoluta intimidava, era feita daquele raríssimo orvalho que alimentava a Welwitschia mirabilis, a planta do deserto. A sua morte colhe-nos em pleno Verão sem tempo para homenagens que não sejam a de procurar os seus livros na estante.» Ler aqui.
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