terça-feira, 1 de junho de 2010

Resposta de Paulo Guinote a LeYa

No seguimento da carta enviada pelo Grupo LeYa ao Diário de Notícias, Paulo Guinote, referido nessa mesma carta, responde no seu blogue. Deixamos aqui igualmente a essa mesma resposta:


«Há dias prestei declarações ao DN acerca das condições de colaboração online para um manual de uma editora do grupo LeYa. Nessas declarações considerava inédito o processo de produção do manual, nomeadamente por contemplar a não remuneração de colaboradores e (já não me lembro se isso ficou transcrito) esperando que ao menos tivessem sido beneficiados com materiais em primeira mão como uma certa forma de compensação.

Refira-se ainda que tinha sido convidado por um dos autores do dito manual para colaborar, o que recusei mais por manifesta falta de tempo do que outra coisa. Acerca da notícia já troquei mails em privado com o dito autor, leitor aqui do blogue e muito ocasional comentador.

Qual não é o meu espanto quando hoje me dão conhecimento de numa nota enviada para o DN e publicada no Blogtailors onde se podem ler passagens como estas:

4. Contra esses dois mil professores, contra os autores dos manuais, contra os seus revisores científicos e contra os seus certificadores oficiais, recolheu a jornalista a opinião de três pessoas: Paulo Guinote, cuja qualidade de autor da Porto Editora – a mais directa concorrente da Leya no mercado das edições escolares – a jornalista não achou necessário referir; Raquel Pereira Henriques, da Associação de Professores de História (matéria a que parcialmente respeita um dos quatro manuais em apreço); e Albino Almeida, da Confederação Nacional de Associações de Pais, sempre disponível para criticar a LeYa.

5. Paulo Guinote critica os manuais porque os professores que neles colaboraram não foram remunerados; Raquel Pereira Henriques porque entendeu que as questões colocadas no site sobre o manual e a disciplina «não eram muito complexas» e, sobretudo, porque foi pedido aos professores que respondessem de «forma sucinta e com número limitado de caracteres»; e Albino Almeida por não acreditar que «isto (
sic) sirva para alguma coisa».

Ora vamos lá por partes esclarecer Carmo Correia, Directora Coordenadora de Edições Escolares do Grupo LeYa:

Sou autor da Porto Editora, por via da publicação do livro com textos deste blogue, tendo esse contrato sido cumprido e não existindo qualquer outro, muito menos para manuais escolares.
Curiosamente, o único contrato que tenho assinado e por cumprir é com uma chancela do Grupo LeYa, a Lua de Papel, não o tendo cumprido por não ter conseguido, até ao momento, produzir material com a qualidade desejada para o projecto em causa.

Nos últimos meses aceitei divulgar neste blogue, sem qualquer contrapartida financeira, dois livros publicados pelo Grupo LeYa, Choque na Educação e Sem ti, Inês, com link para o primeiro capítulo de cada um deles com o objectivo de lançar a discussão sobre eles. Não fiz isso com qualquer livro da Porto Editora.

Estes factos são de fácil verificação por quem deveria estar bem informada sobre os assuntos de que fala, em especial quando critica a jornalista por fazer mal o seu ofício. Neste caso, é a senhora (certamente doutora) directora-coordenadora que parece cometer um erro crasso que não acredito ser causado por incompetência (ninguém chega a tal função sem um bom background profissional) ou má-fé (não nos conhecemos pessoalmente, pelo que não me deve ter qualquer animosidade).

Pelo que deve existir uma terceira explicação.

Qual?»