sexta-feira, 25 de junho de 2010

O funeral de José Saramago, por Isabel Coutinho

«Os restos mortais do escritor chegaram a Lisboa, vindos de Lanzarote, em Espanha, no C-295 da Força Aérea portuguesa que aterrou às 13h35 no aeroporto de Figo Maduro. Primeiro um helicóptero no céu, depois o barulho ensurdecedor e o avião a avançar pela pista. Por fim, as portas a abrir e três mulheres a sair: a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, e a viúva de Saramago, Pilar del Río, imponente, vestida de negro, seguida pela filha do escritor, Violante Matos. Foram cumprimentadas pelo secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, em representação do Governo português. No avião, vinham também os dois irmãos de Pilar e o filho.» Ler na íntegra aqui.

«Lá fora, quando já havia terminado a cerimónia, todos olharam para cima e bateram palmas sem parar. Era Pilar del Río, que aparecia ao balcão, ao lado de Violante Matos, a filha de Saramago, e da violoncelista Irene Lima que interpretara Bach. Ela vestia a roupa que Pilar usou no banquete do Prémio Nobel 1998, em Estocolmo. Na barra do vestido vermelho, uma das frases de O Evangelho Segundo Jesus Cristo: “Olharei a tua sombra se não quiseres que te olhe a ti, Quero estar onde estiver a minha sombra, se lá é que estiverem os teus olhos.”» Ler na íntegra aqui.