quinta-feira, 1 de abril de 2010

Um post que só podia ser publicado num dia como hoje: LeYa adquire Booksmile

A Booksmile acaba de emitir um «comunicado» que dá conta da sua aquisição por parte do Grupo LeYa.

«A Booksmile tornou-se, a partir de hoje, na mais recente chancela da LeYa, após ter sido comprada pelo grupo editorial liderado por Miguel Pais do Amaral. Booksmileya é a nova designação e o novo logótipo já pode ser visto em www.booksmile.pt.

Trata-se de um novo e importante desafio para esta, ainda jovem, editora. “Decidimos fazer o anúncio agora porque é precisamente hoje que chegamos aos 50 títulos editados, e ainda há menos de um ano que saiu o nosso primeiro título, Galope!. Tem sido uma verdadeira galopada desde então, com os álbuns circulares TOOTS, a Princesa Poppy que já vai a caminho dos cem mil exemplares, e agora os livros oficiais do Mundial 2010 da África do Sul!”, afirmou o responsável da Booksmileya.

“O líder do nosso grupo, Pais do Amaral, é o Conde de Caria, pelo que, quando um dos nossos gestores ouviu falar da Princesa Poppy, mandou comprar a editora para oferecer uma princesa ao big boss no Natal [de 2009]. As negociações demoraram um pouco mais que o previsto, porque a Booksmile não parava de aumentar o seu plano editorial para 2010, primeiro de 40 para 60 e depois para 80 títulos, o que consequentemente aumentou a sua valorização. A princesa fez-se cara mas o que interessa é que já está e já cá canta mais uma”, explicou, por seu turno, fonte da LeYa.

Sobre o porquê da opção pelo grupo LeYa, o responsável da ex-Booksmile adianta que teve outros interessados: “Também a Babel veio sondar-nos e o seu patrão geómetra disse que até era capaz de abrir um quinto lado na sua estratégia do quadrado perfeito para nos acomodar. Mas eu olhei para aquela trigonometria toda e não percebi nada. Por alguma razão sou editor e não sou matemático. De números só percebo aqueles nas notas que a LeYa pôs à minha frente. Assim que vi as notas e somei os números, vi que fazia todo o sentido esta integração.”

Quanto à integração na LeYa, o responsável da agora Booksmileya esclarece: “Para já, recebi ordens para despedir todas as pessoas menos 3 ou 4, o que consegui cumprir porque já éramos só 3 ou 4 e não precisamos de ser mais. O cão é que não pode ficar, mas eu fico. Depois, o nosso plano editorial, que era de 80 títulos para este ano, vai passar de imediato para 180, aproveitando as sinergias dentro do grupo. Vamos passar a ser a chancela exclusiva de livros ilustrados dentro da LeYa, pelo que vamos arrancar já com projectos de adaptações gráficas em pop-up de Lobo Antunes e Saramago. Para os mais novos, vamos ter uma edição reformulada do bestseller Galope!, agora com texto de Alice Vieira e subtítulo Livro com Cheiro a Cavalo. O Noddy, que era para ir para a Asa, agora fica para nós. Estamos já a pensar nos nomes que vamos dar aos filhos do casal Noddy e Poppy lá para 2012, nos volumes 204 e 127 das respectivas colecções. Mas isto ainda está só em projecto, porque não sabemos se eles conseguirão mesmo ter filhos ou sequer se vão engraçar um com o outro.”

Outro resultado da sinergia de grupo tem a ver com a colecção "Uma Aventura", que era da Editorial Caminho e também vai passar para a Booksmileya: “Vamos refazê-la toda, de acordo com um estudo que já estava efectuado pelo marketing da LeYa. Os livros passarão a ser a cores, com ilustrações em todas as páginas, e texto com diferentes tipos e tamanhos para ser de leitura mais fácil, além de que, para simplificar a estrutura narrativa, as cinco crianças protagonistas serão substituídas por um rato. Ainda não temos nome para este novo herói da colecção "Uma Aventura", porque a sugestão do anterior editor da colecção de lhe chamar "Geronimo Sousa" não passou nos testes de mercado. Vamos fazer um concurso de ideias de nomes, e o vencedor ganha um cão.”

Em relação ao stand que a ex-Booksmile ia ter na Feira do Livro de Lisboa, este “já foi pago, pelo que vai lá estar”, confirmou o responsável, adiantando: “Mas como vamos para a praça da LeYa, o nosso stand ficará vazio e abandonado, e acabará provavelmente com as paredes todas cobertas de graffiti.”» Ler aqui.