«Rosa Lobato Faria tinha 17 anos e queria ser actriz. O pai deu-lhe a escolher. Ou ia para a faculdade em Coimbra, com tudo pago, ou para o conservatório, em Lisboa, pagando o curso com um emprego. Aceitou a vontade do pai. Foi estudar Germânicas. Isso quanto tinha 17 anos. Porque depois Rosa Lobato Faria, mulher forte e convicta, foi mesmo actriz. E poeta, escritora, argumentista e compositora. Quando questionada, respondia ser escritora. Mas, acto contínuo, acrescentava que ser actriz não era muito diferente: criar personagens e dar-lhes vida.» Ler no Público.
«Letrista, actriz e escritora. Rosa Lobato de Faria será recordada tanto como a autora de Amor de Água Fresca, canção interpretada por Dina no Festival Eurovisão da Canção, em 1992; como pelo seu papel em A Mulher que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América, de João Botelho (2003) ou na série Humor de Perdição, no final dos anos 80. A viúva do editor literário Joaquim Figueiredo Magalhães (que morreu em Novembro de 2008) deixa ainda uma fértil bibliografia onde se contam títulos como O Pranto de Lúcifer, Os Pássaros de Seda e O Prenúncio das Águas, este último galardoado com o Prémio Máxima de Literatura. Foi também poetisa, autora de livros infantis e criadora da primeira novela da TVI, Telhados de Vidro.» Ler no jornal i.
«Podemos começar pelos números. Rosa Lobato de Faria morreu a 2 de Fevereiro de 2010 (ontem), quase 78 anos depois de ter nascido (Abril de 1932, Lisboa). Deixou quatro filhos e 12 netos ("como podia adivinhar que nove seriam mulheres?", contou numa autobiografia no Jornal de Letras - JL), mais de 1500 cantigas, guiões televisivos, papéis na TV e cinema, poemas que fez desde os seis anos e só mostrou a faceta de escritora após os 63 - 12 romances em quase 15 anos. À criadora transversal, cujo corpo estará hoje na Igreja de Santa Isabel (com missa às 15.00 - será cremada em privado, depois), só lhe escapou o teatro.» Ler no Diário de Notícias.