terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O baú de Salinger é uma caixa de Pandora

«"É um tipo sossegado, normal, dizia 'bom dia', 'boa tarde', como as outras pessoas." Este é o comentário mais comum quando os vizinhos de um assassino em série são entrevistados para a televisão. Quem vivia perto de J.D. Salinger, o maior mistério literário vivo (até quarta-feira), escritor que emudeceu para o mundo durante 50 anos numa quinta em Cornish, no estado de New Hampshire, pode dizer o mesmo. Salinger pouco saía de casa e, até quando jantava fora, fazia-o nas cozinhas dos restaurantes para evitar qualquer abordagem.

Era um bom vizinho, numa cidade com pouco mais de mil habitantes, habituada a respeitar a privacidade dos seus habitantes. Numa reportagem do The New York Times publicada domingo, as gentes de Cornish ensinam como se defendiam (e protegiam o escritor) de fãs curiosos: davam informações erradas quanto ao paradeiro do escritor, umas atrás das outras, até os forasteiros desistirem.» Ler no jornal i.