quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Correntes D’Escritas – 2.ª Mesa: «Pedra a pedra, constrói-se a poesia»

A 2.ª mesa das Correntes D'Escritas contou com a participação de Manuel Rui, Maria Teresa Horta, Pedro Teixeira Neves, Rosa Alice Branco e Tiago Gomes, com moderação de José Carlos de Vasconcelos, para discutir o tema «Pedra a pedra, constrói-se a poesia».

Manuel Rui começou o debate dedicando o seu texto ao povo madeirense. Considerou que «as palavras também sofrem como as colinas que se fazem explodir, para se diminuírem pedra a pedra», transformando-se numa «estátua de palavras mudas». Maria Teresa Horta declarou que a poesia não é construída só pedra a pedra. Para a autora, «aí, onde tu estás, é o começo da escrita». Pedro Teixeira Neves também dedicou o seu texto à Madeira, e assinalou o facto de ter família que é de lá. O poeta comparou a pedra e a poesia, o poeta e o construtor, com poemas a tornarem-se catedrais, abrigos ou casas. Rosa Alice Branco e Tiago Gomes, dois estreantes nas Correntes, abordaram estas comparações: Rosa Alice Branco referiu uma dissertação de Victor Hugo sobre arquitectura, ao passo que Tiago Gomes relembrou o que Lídia Jorge lhe tinha dito há 20 anos, que «a poesia devia ser burilada, trabalhada, esculpida». Ler mais aqui e aqui.