quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Balanço de 2009, por José Mário Silva

«Depois do alvoroço provocado em 2008 pelo aparecimento da LeYa, o processo de transformação da paisagem editorial portuguesa desacelerou em 2009, devido à crise económica. Embora o sector do livro seja um dos que tradicionalmente resiste melhor aos períodos de recessão, as dificuldades transversais (como as relativas à obtenção de créditos bancários) acabaram por deixar as suas marcas, vísiveis nos cortes generalizados dos planos editoriais (que passaram a contar com menos novidades e mais reedições ou recapagens), na quebra significativa tanto das vendas como das tiragens, no fechar de portas de uma livraria clássica de Lisboa (a Buchholz, que teve o mesmo destino da Byblos, um ano antes) e na falência de algumas editoras, como a Campo das Letras e as Quasi.

Curiosamente, os recentes sinais de retoma também se fizeram acompanhar por algumas boas notícias, como o facto de a Cavalo de Ferro ter renascido das cinzas (após um conturbado e abortado processo de integração no universo empresarial da Fundação Agostinho Fernandes) e o surgimento de novas pequenas editoras estimulantes, como a Ahab, a Estrofes & Versos ou a LxXL.» Ler na íntegra aqui.