quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

«O mistério das livrarias instantâneas», por Sara Figueiredo Costa

«Nas estações de metro, perto de algumas estações de comboios, em qualquer bocadinho de espaço "desocupado", nascem regularmente tendas ou suportes tipo guichet das finanças onde se instalam feiras do livro. Uma feira do livro, por norma, é uma iniciativa com duração limitada e habitualmente curta, o que torna inexplicável a permanência destas feiras ao longo de semanas, por vezes meses, exactamente no mesmo sítio. Ora, um sítio delimitado que vende livros sem ser durante um período definido, curto e previamente anunciado é, creio, uma livraria, independentemente do mau gosto, das condições da estrutura que alberga o espaço e dos conhecimentos dos vendedores. E as perguntas ficam no ar: Uma livraria , independentemente de estar na rua ou no metro, não tem responsabilidades fiscais semelhantes à de qualquer espaço comercial? Uma livraria não tem de cumprir as leis relativas ao preço fixo e aos descontos, mesmo que não se situe entre quatro paredes? Não estou certa das respostas, porque leis e responsabilidades fiscais (para além das minhas, como cidadã) não são o meu forte, mas suspeito que estas livrarias instantâneas disfarçadas de feiras do livro não trabalharão com as mesmas regras das livrarias reconhecidas como tal, o que me deixa muitas dúvidas sobre a lealdade da concorrência.» Ler aqui.
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