Entrevista a Gonçalo Cadilhe

«À procura de um lugar pacato para uma conversa sem contratempos, disse: "Importas-te que pare só aqui?". Gonçalo procurava um livro antigo de Fernão Mendes Pinto para o próximo projecto. "Estou farto de procurar este livro em Lisboa, mas não o encontro em lado nenhum", comentou com o Sr. José Teixeira da Mota, alfarrabista, cuja expressão não transparecia nem que sim, nem que não. Voltado para uma estante com livros até ao tecto, estendeu o braço e disse: "aqui está". "Deste-me sorte!" reagiu de imediato. Contas feitas, a cabeça a pensar num local para fazer a entrevista e o corpo a dizer para ficar, perguntámos ao alfarrabista: "Importa-se que a façamos aqui?". "Claro que não. Estejam à vontade. Têm aqui duas cadeiras." O sítio era ideal no meio da confusão na cidade à hora de ponta.» Ler no jornal i.