terça-feira, 7 de julho de 2009

Sophia, por Francisco José Viegas

«Sophia de Mello Breyner morreu há cinco anos, cumpridos hoje. Sophia foi uma das mais importantes vozes da poesia portuguesa do seu tempo; a sua obra, atravessada pela luz de todos os sóis do Mediterrâneo, tinha razão, inteira razão: é nas suas margens que nasceu a civilização como nós a conhecemos – inclinada para Ocidente ou para Oriente, para Norte ou para Sul, mas sempre plural. Agora, que é Verão de novo, relembro os seus textos comemorando a luz da sua pátria verdadeira, a poesia. Há versos que me obrigam a revisitar mentalmente uma paisagem, uma geografia (título do mais belos dos seus livros), uma música que nunca termina. Cinco anos depois lembro o seu desaparecimento para homenagear a necessidade da poesia e de ler poesia. Como uma cura para o mal do tempo.»

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