«O júri do Prémio Camões decidiu atribuir o galardão deste ano ao poeta cabo-verdiano Arménio Vieira (...) "A título pessoal, eu esperava o prémio. Mas por causa de ser Cabo Verde, admiti que fosse ainda um bocado cedo. É pequeno em relação à imensidão do Brasil, que tem centenas de escritores óptimos. E Portugal também. Seria muito difícil Cabo Verde apanhar o prémio"»
Ler aqui e aqui.
Em Julho de 2007, o blog Os Livros Ardem Mal, via Osvaldo Manuel Silvestre, destacou o autor, colocando em linha alguns poemas. Os textos podem ser encontrados aqui, aqui, aqui, aqui e aqui: «Vieira é um dos melhores poetas de entre os que hoje escrevem em português, e estes sete poemas [OMS refere-se a uma antologia referenciada no primeiro link], de grande e desenfadada maturidade, são disso prova evidente, na sua sábia administração do «estilo mesclado», tal como este foi estudado e desenvolvido na filologia moderna por Erich Auerbach, neste caso na passagem de um registo erudito e citacional – cujos objectos são ainda os grandes heróis da literatura e do pensamento modernos, mas que podem recuar até aos clássicos - para a oralidade de um quotidiano dito, com frequência, por um nível baixo de linguagem; na sua interrogação, sempre ressalvada e desistente, da morte; ou numa ironia algo drummondiana, que, podendo alcançar o metafísico ou, de forma mais chã, o doméstico, nunca deixa de funcionar a nível composicional, dando a ver a grande inteligência formal e, não raro, metapoética, do autor.»
A foto é retirada do jornal Público.