sexta-feira, 5 de junho de 2009

A crítica literária, por Osvaldo Manuel Silvestre, em resposta ao artigo de António Guerreiro

«Na sua coluna «Ao pé da letra», que acompanha todas as edições do Actual (Expresso) – secção livros, António Guerreiro cita o texto de Walter Benjamin «O crítico é um estratega no combate literário». O texto de Benjamin teve uma vasta descendência, e seria uma bela ideia reunir (como creio que Pedro Serra em tempos me propôs) todas as variações que esse texto «gerou» desde então. A variação de Guerreiro, porém, não teria lugar nessa putativa antologia, pela simples razão de que nada lhe acrescenta. O texto é mesmo surpreendentemente inócuo, se calhar porque Guerreiro tenta aqui fazer ironia, arte para a qual manifestamente não está fadado. Guerreiro integra antes a família das «criaturas morais», e essas, como se aprende em Adorno ou Alberto Pimenta, são bem mais íntimas do discurso agonístico do que da ironia (e, menos ainda, do humor). O outro nome – o subterrâneo, o verdadeiro – da sua coluna é «Minima Moralia» e daí o imperativo com que o seu autor se enfrenta todas as semanas: como dar mais uma vez mostras de intransigência estética e política?»

Ler na íntegra aqui.