«Arménio Vieira é um homem simples, bem-humorado e um poeta de eleição. Lamento ser pouco lido, porque os seus livros (poucos e difíceis de encontrar, como ‘O Eleito do Sol’ ou ‘No Inferno’) estão publicados de forma artesanal. Nada fazia prever que ganhasse o Prémio Camões, mas o júri entendeu homenagear a literatura de Cabo Verde – compreende-se, porque o país tem autores de primeira ordem, de Eugénio Tavares, Manuel Lopes e Jorge Barbosa até Corsino Fortes, Germano Almeida ou um poeta tão fabuloso como João Vário (que teria merecido o prémio há muito, antes de morrer). Durante anos, o Prémio Camões passeou-se pelos salões da ‘lusofonia’ sem ter descoberto Cabo Verde. Muitas vezes limitou-se a fazer política e diplomacia; se voltar para a literatura não é mal nenhum.»
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