Em Junho de 1979 iniciava-se um projecto emblemático da edição portuguesa.
Luís Oliveira, na Antígona - Editores Refractários publicava «Declaração de Guerra às Forças Armadas e outros Aparelhos Repressivos do Estado», uma obra subversiva que iria dar o tom para os 30 anos seguintes.
Com um capital social de «Enquanto existir dinheiro, nunca haverá bastante para todos» a Antígona manteve-se ao longo destas três décadas coerente na sua forma de editar e entender os livros. Hoje a Antígona conta com mais de 200 títulos de autores essenciais − George Orwell, William Blake, Albert Cossery, Fr. Bartolomé de las Casas, Witold Gombrowicz, Guy Debord, H.L. Thoreau, Henry Miller, Jack London, Stig Dagerman −, e continua a contribuir sobremaneira para a diversidade de obras que hoje podemos encontrar publicadas em Portugal.
Para além deste projecto, é de referir a Orfeu Negro - nascida no seio da Antígona, e que se tem revelado como um dos mais interessantes projectos editoriais/artísticos, em particular com a Orfeu Mini.
São «30 anos de minoria absoluta, trinta anos de insolências». Os nossos sinceros parabéns.