quinta-feira, 7 de maio de 2009

Jornal i: Apresentação do director Martim Avillez Figueiredo

«O i acredita que num instante tudo muda e sabe que quem agora ler assim não lerá mais como antes. Não há inimigos nem concorrência. Há uma paixão imensa pela informação.

Uma vez pode-se: falar de nós. Melhor dito: pode falar-se aqui hoje dos extraordinários profissionais que, em menos de um ano, fizeram nascer a nova marca de informação de Portugal. Repito a palavra nova: tudo isto aqui é novo. Por isso, estas linhas são um guia de leitura deste novo jornal e desta nova morada: www.ionline.pt.

Antes, uma explicação: o i acredita que a informação vale dinheiro. Mas reconhece que ninguém paga para conhecer o que já sabe. Quando há tempos um avião usou o rio Hudson como pista de aterragem, a proeza do piloto entrou-me no carro por SMS. Não tinha o rádio ligado. Não era preciso. A informação é viral. É um vírus bom, e o i sabe que este novo jornalismo exige que ela seja organizada de maneira diferente. Sabe que os leitores, na verdade, não querem papel dividido em pesadas secções de política, economia ou cultura. Ou o online a cuspir informação inútil a cada segundo. Querem ler o que interessa, o que de melhor e mais relevante se passa no mundo à sua volta - e por isso este projecto implode as secções tradicionais dos jornais, tal como o online desarruma a organização clássica dos sítios web (vá lá ver).

As quatro secções? A Opinião, que abre caminho à reflexão, e está apoiada nalgumas das melhores cabeças do país, abre o jornal. Logo a seguir surge o Radar - páginas que agregam tudo o que de importante se passa, que arrumam ideias, que confirmam o que se viu de relance ou asseguram o que se ouviu dizer de passagem. Mais e melhor informação é informação seleccionada. Não há apanhados de notícias - há aquilo que precisa mesmo de saber. Depois do Radar, vem a explicação - o Zoom. Não de tudo o que acontece, mas mergulhando no que merece descodificação e profundidade. Mais simples não há: a opinião orienta os raciocínios, o Radar mostra o que se passa, o Zoom explica e descodifica - e por isso é no Zoom que encontra análises políticas, investigações económicas, temas que dividem e definem a sociedade. Para fechar o jornal, uma zona única que se chama apenas Mais. Não são só filmes, cultura ou desporto, é tudo o que o transporta para a dimensão mais privada da sua vida.

O i quer devolver a agressividade que os jornais diários perderam, a profundidade que os semanários esqueceram e a sofisticação que as revistas procuram. Na verdade, o i acredita que num instante tudo muda e sabe que quem agora ler assim não lerá mais como antes. Não há inimigos nem concorrência. Há uma paixão imensa pela informação e uma equipa preparada para suar. Seja bem-vindo a este mundo novo.»

Retirado daqui.