sexta-feira, 1 de maio de 2009

Diário da Feira do Livro de Lisboa. O primeiro dia

Com uma afluência invulgarmente alta para o primeiro dia, em especial tendo em conta os novos horários, a Feira do Livro inaugurou com sol e o agrado geral de todos quantos a visitaram ou lá trabalham.

Os pavilhões agradam aos editores e as hipóteses de comunicação e espaço próprio de eventos tem revelado muita flexibilidade, como é visível pelas variadas soluções apresentadas pelos editores e cujas fotos temos andado a publicar.

De todos os pavilhões os maiores destaques vão para a Tinta da China/Pó dos Livros, cuja presença com um pavilhão adicional, da Penguin, e uma decoração muito interessante a coloca em destaque.


O espaço LeYa (Praça LeYa) também revela um forte investimento em estruturas e acções, tendo obtido este ano resultados francamente melhores do que no ano anterior.
Ainda não desapareceram as portas magnéticas nem os seguranças - assim como se esperaria a existência de mais fundos - mas a evolução é notória e a capacidade do espaço para eventos e comunicação irá dar muito que falar ao longo da Feira, colocando este espaço também em destaque.

A sessão de ontem foi marcada pelo sol, pelos visitantes, pelas crianças e pela presença do Ministro da Cultura, do Presidente e da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, assim como pelo Embaixador do Brasil e por uma representante do Ministério da Cultura do Brasil.

Muitos editores estavam presentes para assistir às novidades deste ano, nomeadamente o «cortar da página» (com um corta-papéis) que dava acesso ao decano Livro de Ouro da Feira do Livro de Lisboa.

De realçar também a sessão de lançamento da revista Os Meus Livros (Especial Feira do Livro), com João Morales e Carlos Pinto Coelho.

A sessão decorreu na Praça Central, com a presença de várias dezenas de interessados, discutindo as novas tecnologias de impressão (Expresso Book Machine) e as suas reprecussões na divulgação dos livros e no mercado. De destacar a divergência de paradigma que alguns dos jovens presentes tinham em relação à visão de Carlos Pinto Coelho (CPC), que observavam o livro mais como suporte de informação (abrindo portas ao livro digital) face à visão «romântica» - como destacou CPC - de livro enquanto objecto físico de paixão, inalienável na sua relação conteúdo/suporte.

Um bom e auspicioso primeiro dia apenas marcado negativamente pela inconstância do fornecimento de luz, que a EDP estava a procurar resolver ainda ontem.



(nsl)