«O presidente da APEL deu uma boa explicação para o facto de haver mais vendas na Feira do Livro de 2009: "É mais barato comprar um livro do que uma viagem e há toda uma literatura de auto-ajuda contra a crise." Rui Beja tem alguma razão.
Não sei se os livros de auto-ajuda são importantes em tempo de crise, mas a verdade é que os livros, em geral, ocupam um pouco do orçamento antes destinado ao consumo que nos levou à crise do crédito e aos excessos que todos reconhecemos. As ‘elites portuguesas’ nunca apareceram na televisão a falar de um livro. Inculta, pobre de espírito, geralmente alarve e pateta, essa gente tanto aparece nas folhas cor-de-rosa como nas páginas de crime. Os seus exemplos são maus. E, diante de tudo isso, a leitura é também um conforto. Uma salvação.»
Subscrevo inteiramente. Palavra por palavra.
(pf)