domingo, 3 de maio de 2009

Diário da Feira do Livro de Lisboa 2009: Resumo do dia


Feira do Livro de Lisboa – Sexta-feira, dia 1 de Maio.

Dia do Trabalhador.

Contrariamente ao que se poderia pensar, a manifestação do 1.º de Maio trouxe benefícios óbvios à Feira. Todos puderam ver, durante o horário das 15:00 às 17:00 horas, uma feira repleta de pessoas com bandeiras e camisolas manifestantes que, enquanto aguardavam o arrancar da sua unidade, aproveitavam para uma primeira volta pela Feira, alguns deles com sacos que adivinhavam que para além de reclamar contra a precariedade, também aproveitaram o dia para algumas primeiras compras na Feira do Livro.

Tal como no dia anterior, sexta-feira foi um sucesso em termos de afluência, tendo o tempo ajudado sobremaneira.

Neste dia muitos dos problemas de electricidade ficaram resolvidos ao ponto de Carlos Beirão, da APEL, manifestar-se contente, dizendo «este ano tem sido absolutamente incrível, quase todas as pessoas que vêm falar connosco dão-nos os parabéns; quase não há críticas».

Em temos de eventos, este foi um dia em grande parte dedicado aos mais jovens. Com Margarida Botelho a pintar tachos e panelas, a Ciência Viva a deliciar as crianças com experiências que poderíamos fazer em casa assim como outras animações, como origami, horas do conto, etc.

Para os menos jovens, tiveram a oportunidade de ver a edição independente em acção. Na sessão «O Editor Precário Manifesta-se!», numa organização da Bedeteca de Lisboa, os editores de fanzines e obras independentes de animação e BD explicaram porque gostam de publicar livros que, manifestamente, não irão dar dinheiro a ninguém, obras únicas, feitas com dedicação e cuidado, que pretendem apresentar a vanguarda e abrir caminhos para a ilustração nacional.


Ao longo do dia variadas sessões de autógrafos e outras sessões iam decorrendo nos pavilhões dos diferentes editores e ao final da tarde, os editores juntaram-se em homenagem sentida a Rogério Moura (falecido editor da Livros Horizonte), um dos mais importantes e decanos editores nacionais, elogiado pelo seu autor e amigo José Augusto-França como editor fiel e profundo conhecedor das necessidades culturais do país.

Terminando o dia, Filipa Melo moderou o primeiro dos debates organizados pela Feira do Livro, este subordinado ao livros de Gastronomia, tendo como convidados Maria Margarida Pereira-Müller, Maria Proença e Chakall a falarem dos livros de cozinha que marcaram a sua vida – Maria de Lourdes Modesto foi mais do que uma vez referenciada.

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