«O livro cuidadosamente escrito, rigorosamente revisto e corrigido por várias mãos e sob diversos aspectos, é a base de uma cultura sofisticada que produza filosofia ou ciências, história ou geografia, em vez de se limitar a importá-la do estrangeiro. Sem livros de qualidade para estudantes, toda a aprendizagem fica refém do imediatismo, da oralidade superficial e fantasiosa, da balela e do disse que disse. Surgem então livros que se limitam a reproduzir no papel a mesmíssima mentalidade da balda oral de contornos imprecisos; surgem autores, tradutores e editores que desconhecem o trabalho genuíno de escrever e publicar com tino, procurando fontes, testando métodos, mudando parágrafos, corrigindo erros, investigando os assuntos. Numa sociedade em que os materiais produzidos para o ensino são feitos à balda, copiados daqui e dali, sem rigor nem referências bibliográficas, sem preocupações de rigor científico nem de sensatez didáctica, o livro é visto como uma extensão da balda oral. Fazem-se afirmações sobre a lógica de Aristóteles ou a estética de Hegel só porque se ouviu dizer, não se distingue fontes primárias de fontes secundárias, nem fontes secundárias de qualidade de fontes secundárias feitas a martelo.»
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