Para quem se recorda, 2008 foi o ano de Israel no Salão do Livro de Paris.
Longe de ser uma opção fácil, Paris teve de lidar com boicotes dos países árabes e inclusive uma ameaça de bomba que levou à evacuação do recinto.
Para 2010, tudo indicava que o país convidado era, tal como em Frankfurt no ano passado, a Turquia.
Eis que agora surge a notícia de que Paris não vai efectivar o convite à Turquia, sendo 2010 um ano de celebração do próprio Salão (os seus 30 anos).
Pelos corredores todos falam de dois pesos e duas medidas, de terem tido a coragem de levar por diante a opção Israel, defendendo que literatura e política não podem ser confundidas, e de agora não quererem seguir com a Turquia, mesmo após Frankfurt, a sua congénere mais velha e mais importante, ter dado o exemplo.
Pessoalmente, concordei com a opção de Israel 2008 pelos mesmos motivos que concordaria com Turquia 2010: as questões políticas lidam-se com diálogo cultural e não com boicotes.
Se pretendem celebrar os 30 anos do Salão do Livro - o que é válido e merecido -, então não se comece por criar expectativas com a Turquia.
(nsl)
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Salão do Livro de Paris 2010
Postado por Booktailors - Consultores Editoriais às 15:00
Marcadores: feiras internacionais, Opinião