quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Campo das Letras, por Luís Filipe Cristóvão

Luís Filipe Cristóvão comenta o anunciado fecho da Campo das Letras: «...a Campo das Letras era uma editora como as editoras devem ser: com uma posição ideológica definida, amante dos livros, curiosa em relação às novas tendências, apaixonada pela sua terra e pelas coisas e pessoas que nela habitam. mas a Campo das Letras foi apanhada na encruzilhada. primeiro, pelas dívidas deixadas após a falência do seu distribuidor, o que significou um peso enorme em cima da sua estrutura. depois, pelo abandono de um seu parceiro, comprado por um aglomerador editorial, o que significou o desaparecimento de uma sustentação possível. perante este cenário e numa época em que as soluções de apoio a empresas que se importam com pessoas e não com lucros escasseiam, a Campo das Letras vai acabar.

restarão nas prateleiras e na memória de tantos, os livros que disponibilizou. restarão nas palavras e nas intenções de muitos, pensar que algo poderia (e merecia) ter sido feito. o que não restará é a Campo das Letras, para nos oferecer novos livros, ideias e sonhos.»

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