O Sol publicou nas páginas 40-41 uma peça dedicada ao fecho da Byblos, intitulada: "Era uma vez um sonho". Alguns excertos:
«Depois da venda da ASA a minha mulher não percebe por que não me reformei e comecei a viver de juros. Pensei nisso, mas não me ia sentir bem assim». Foi há cerca de um ano que Américo Areal disse isto ao SOL, com a Byblos prestes a inaugurar. (...) Agora, com a Byblos de portas fechadas e em processo de insolvência, Areal diz que o sonho se transformou em pesadelo. E fecha-se em copas»
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«Mas para lá dos motivos apresentados pelo principal responsável da Byblos, a especulação não pára. A opinião pública, que se fez ouvir maioritariamente pela Internet, sugere muitos outros possíveis motivos para o fim prematuro de um projecto que levou mais de quatro milhões de investimento inicial e resultou de uma longa pesquisa pelo mundo.»
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Pedro Vieira [irmão Lúcia, que foi livreiro da Byblos]: «Não esperei que fosse tão cedo, mas achei o encerramento uma conclusão lógica para aquilo que tinha vivido lá», explico ao SOL. «Parece-me que as coisas foram levadas de forma leviana, o que foi muito surpreendente porque era um projecto que estava a ser preparado há dois anos» (...) «No início foi criada uma expectativa muito grande, mesmo internamente, que rapidamente percebemos que não tinha fundamento.» O valor dos salários apresentado veio a revelar-se diferente do verdadeiro montante que chegava ao fim do mês. Em reuniões, a administração chegou a sugerir que todos teriam compreendido mal a mensagem.
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Apesar de não abrir as portas, a Byblos continua a ter trabalhadores. Está tudo pendente, à espera de uma decisão judicial relativamente à insolvência. (..)