terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ser livreiro ainda vale a pena (Pedro Vieira)

«a moça entra encolhida, como que a medo, a fé pouca, a vontade muita, busca o tal do herberto helder, esgotado há meses, quiçá dias, mas resolve perguntar, e fez bem já que do negrume do armazém vem um exemplar de alguém que prescinde da sua reserva, aqui está, ela não acredita, as lágrimas sobem-lhe aos olhos e chora. e esconde-se instintivamente atrás de uma estante e volta a si em segundos para dar conta da sua incredulidade. ou felicidade, ou ambas, num rodopio. se isto não é o poder da literatura então não sei que caralho é.»

Retirado daqui.