terça-feira, 11 de novembro de 2008

Prémios literários dão visibilidade e aumentam vendas

«"Há dois ou três prémios que têm algum impacto entre nós", dizia. "Além do Nobel, o Booker e o Gouncourt são os mais importantes e que se reflectem nas vendas. Não é uma coisa do outro mundo, mas têm algum impacto."», diz Carlos da Veiga Ferreira.

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«Quando José Saramago recebeu o Prémio Nobel as suas vendas dispararam de uma forma que nem a própria editora (Caminho) estava à espera. Houve um efeito imediato - 300 mil livros de Saramago vendidos só de Outubro a Dezembro de 1998 - mas também há um efeito a longo prazo, uma vez que o Nobel é um prémio para o autor e não para uma obra específica. A partir de então, Saramago, como J. M. Coetze, V. S. Naipaul, García Márquez e todos os outros, é, em todas as referências, o escritor que recebeu o Prémio Nobel.»

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«Paulo Gonçalves, da Porto Editora (que vai editar os mais recentes vencedores do Prémio Pulitzer e Prémio Orange para Ficção), concorda: "Os prémios são um bom cartão-de-visita, sobretudo quando o autor é menos conhecido. Ajuda-nos a apresentá-lo aos leitores." Mas há livros premiados que não são aceites pelo público. "Não podemos achar que um prémio é a chave do sucesso. Porque não é."»

Uma reportagem do DN que analisa o impacto dos prémios nas vendas dos livros. Aqui.