A frase do título é roubada ao post de João Paulo Sousa, no qual este tece elogios à nova Quetzal, e que reproduzimos abaixo.
«A mim, agrada‑me que a obra de Vergílio Ferreira passe a ser editada por quem lhe reconhece toda a importância, como é o caso do Francisco José Viegas, novo responsável pela chancela da Quetzal. Já à venda, os mais recentes exemplares de Para Sempre (1983) e de Manhã Submersa (1954) retomam o grafismo sóbrio e exemplar que caracterizava a obra vergiliana desde Rápida, a Sombra (como aqui referi), o que é um sinal de que eu não estava desacompanhado na minha preferência por essa imagem de marca dos seus livros, uma imagem capaz de propor o texto como o elemento central com o qual o leitor terá de se defrontar (ao contrário, portanto, da maioria dos volumes que pululam hoje nas livrarias, mais parecendo o prolongamento de caixas de bombons ou de bolachas sortidas). A nova Quetzal surge, assim, disposta a regressar ao lugar de referência no panorama editorial português que teve há cerca de uma década, quando foi dirigida por Maria da Piedade Ferreira e apresentava as capas concebidas por Rogério Petinga. Nessa altura, Antonio Tabucchi, Cees Nooteboom, Marguerite Duras, Vasco Graça Moura ou Javier Marías eram alguns dos nomes que conferiam um brilho especial ao catálogo. As primeiras apostas da renovada direcção indiciam uma vontade de retomar o caminho perdido, quer ao nível dos autores, quer no plano da orientação gráfica. No sufocante mercado editorial do presente, é uma óptima notícia.»
PS: A um título muito pessoal (não obstante ser juiz em causa própria, mas para quem Vergílio Ferreira é um dos maiores escritores de sempre da [nossa] literatura), subscrevo inteiramente. (pf)