«Não tenho qualquer pretensão em querer parecer melhor gestor que o administrador da Byblos, com as devidas distâncias de dimensão, até porque nos dias que correm não estou livre de também fechar portas (bate na madeira). Só que no caso da Pó dos livros, se isso vier acontecer, não será notícia de jornal, e ainda bem... Li o comunicado que a Livrarias Peculiares, S.A. (era assim que pelos vistos se chamava a empresa proprietária da Byblos) fez para a comunicação social. Como José Mário Silva chamou já a atenção no seu blog, nem uma palavrinha de agradecimento para com os funcionários. Como é possível esquecer quem connosco trabalha todos os dias? Para quem connosco partilha as dificuldades, sim, porque as dificuldades da empresa são também as dificuldades dos seus funcionários e no fim, quando as coisas correm mal, são os principais prejudicados. Não foi um erro de gestão o tratamento que a Byblos deu às pessoas que lá trabalharam, foi um acto imoral, de falta de valores essenciais de respeito pelo próximo. Depois, outro esquecimento imperdoável, o agradecimento devido aos seus clientes, demonstra bem que de facto nunca foram uma prioridade. Por fim, a desculpa para a insolvência, o facto de o “Protocolo de Entendimento” para a tomada de 40% do capital não se ter verificado, chama-se em linguagem técnica de gestão “contar com o ovo no cu da galinha”. O mundo mudou de facto, mas mudou para todos.»
Retirado daqui.